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Banca de QUALIFICAÇÃO: AIDA PATRICIA DA FONSECA DIAS SILVA

2021-12-20 17:37:57.623

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AIDA PATRICIA DA FONSECA DIAS SILVA
DATA: 21/12/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO: DESIGUALDADES RACIAIS NA ADEQUAÇÃO DO ACESSO AO PRÉ-NATAL NO BRASIL ENTRE 2014 A 2019
PALAVRAS-CHAVES: Assistência Pré-Natal, Desigualdade Racial em Saúde, População
PÁGINAS: 75
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública
RESUMO: A assistência pré-natal se constitui em um conjunto de práticas fundamentais à saúde materna e neonatal. Entretanto, as desigualdades de socioeconômicas, raciais e geográficas afetam diretamente no acesso a um pré-natal adequado e de qualidade. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo estimar a prevalência e associação da variável cor/raça como adequação do acesso ao pré-natal realizados no Brasil de 2014 a 2019. Trata-se de um estudo transversal baseado em dados secundários e disponíveis on-line na base de dados do Sistema Nacional de Nascidos Vivos (SINASC) dos anos de 2014 a 2019, após a coleta dos dados, as planilhas de Excel foram transportadas para o software Stata versão 16® para todas as análises de interesse da pesquisa. Como resultados, dentre os 16.603.657 registros de mulheres brancas, pardas e pretas avaliadas nesta pesquisa, a idade mediana foi 26 anos (21-31). Ao todo, 57,7% das mulheres eram pardas, 36,8% brancas e apenas 5,7% se autodeclararam pretas. Foram verificadas diferenças estatisticamente significantes na distribuição das variáveis sociodemográficas entre esses três grupos raciais (p-valor=0,001). Entre as pardas ocorreu a menor proporção de mulheres ≥35 anos (11,6%) e a maior de jovens (20,1%). Sobre a situação conjugal, 61,6% das mulheres brancas referiram ter companheiro durante o curso gestacional, contra 52,0% das pardas e apenas 44,9% das pretas. O nível de escolaridade mais baixo (até o ensino fundamental) foi referido por 35,6% das pardas e por 34,3% das pretas, contra 19,1% nas brancas. Quase 82,2% das brancas residiam nas regiões Sul e Sudeste, ao passo que 55,4% das pardas e 30,7% dos pretas viviam nas regiões Norte e Nordeste. O quantitativo de sete ou mais consultas de pré-natal predominou nos três grupos raciais. Mas, enquanto nas mulheres brancas a proporção foi de 79,2%, nas pretas foi de 62,9% e nas pardas de 64,7%. Os quantitativos mais baixos de consultas de pré-natal (≤5) foram maiores nas pardas (22,7%) e pretas (22,3) do que nas brancas (11,6%). Também predominou nos três grupos raciais o percentual de mulheres que iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre de gestação. Porém, essa prevalência foi maior nas brancas (82,2%) do que nas pardas (72,7%) e pretas (71,7%). Comparado as brancas (1,6%), o início tardio do pré-natal (último trimestre) foi quase duas vezes maior entre pardas (2,7%) e pretas (3,1%). No que concerne à adequação do acesso ao pré-natal segundo a característica racial das mulheres que tiveram parto entre os ano 2014 a 2019, observou-se que nos três grupos raciais prevaleceu a condição de pré-natal mais que adequado, mas com diferença estaticamente significante (p-valor=0,001). No agregado dos anos, essa prevalência foi 72,3% nas brancas, 54,3% nas pardas e 55,6% nas pretas. Enquanto o inadequado pré-natal foi o oposto: maior nas pardas (22,3%) e pretas (23,6%) e menor nas brancas (13,3%) (dados não mostrados). Figura 2 apresentou análise de regressão da associação da cor/raça com a adequação do acesso ao pré-natal. Na análise bruta, observou-se que em relação as brancas, a chance de realizar um pré-natal menos do que o adequado foi estatisticamente maior entre as mulheres pardas e pretas, sendo semelhante entre estas as estimativas (RP = 1,13; IC95%: 1,12-1,14; p-valor: 0,001). Após ajuste pelas variáveis de confusão, permaneceu as menores chances para as pardas e pretas. Porém, ocorreu um gradiente racial, sendo 4,0% (RP = 1,04; IC95%: 1,03-1,05; p-valor: 0,001) para as pardas e de 7,0% (RP = 1,07; IC95%: 1,06-1,08; p-valor,concluindo com esses resltados que ainda existe uma grande problematica vivenciada por mulhees negras,pobres com pouco estudoem periodo gravididico,relacionado ao acesso do pré-natal.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1159347 - BRUNO LUCIANO CARNEIRO ALVES DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - EDUARDO DURANS FIGUEREDO - UNICEUMA
Interno - 1983977 - ROSANGELA FERNANDES LUCENA BATISTA

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