PPGENF/CCBS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JORDANA MARIA FREITAS ALVES
DATA: 24/02/2022
HORA: 14:30
LOCAL: Plataforma Digital Google Meet
TÍTULO: DINÂMICA ESPACIAL DA COVID-19 NO ESTADO DO MARANHÃO
PALAVRAS-CHAVES: Covid-19; indicadores de saúde; análise espacial.
PÁGINAS: 86
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública
RESUMO: A Covid-19 causada pelo novo coronavírus denominado SARS-CoV-2, elevada a nível de pandemia em março de 2020, apresenta alta transmissibilidade, disseminando-se para as diversas regiões mundiais, incluindo o Brasil. Por tratar-se de uma doença nova, é essencial conhecer seu comportamento epidemiológico, com destaque para sua dispersão e regiões de predominância. Métodos de análise espacial são cada vez mais eficientes para a identificação das áreas de maior risco, fornecendo subsídios para a otimização de políticas públicas de saúde, focadas em medidas de controle. O objetivo deste estudo foi analisar a distribuição espacial dos casos e óbitos da Covid-19 no estado do Maranhão, caracterizando-se como um estudo ecológico de análise exploratória da distribuição espacial de casos (incidência) e óbitos (letalidade e mortalidade) nos municípios maranhenses. A população do estudo foi extraída do banco de dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e incluiu todos os casos notificados no estado do Maranhão entre 20/03/2020 a 07/07/2021 e todos os óbitos registrados no período de 29/03/2020 a 07/07/2021, totalizando 323.043 casos e 9.225 óbitos. Foram estimadas as taxas de incidência, letalidade e mortalidade para os 217 municípios maranhense e a confecção de mapas temáticos utilizando o software QGis. A dependência espacial foi identificada por meio do Índice de Moran Global e a delimitação dos aglomerados de risco para incidência, letalidade e mortalidade por meio do Índice de Moran Local, utilizando o software GeoDa. Como resultado o presente estudo aponta que os municípios com a maior incidência de casos por 100 mil habitantes no período estudado foram: Lagoa do Mato (17.940,5), Feira Nova do Maranhão (17.810,0), Igarapé Grande (14.788,8) e São Raimundo das Mangabeiras (11.375,1) e a menor incidência registrada foi de 178,95 em Boa Vista do Gurupi. Na análise da mortalidade por 100 mil habitantes, as maiores taxas foram em Campestre do Maranhão (304,4), Imperatriz (303,1), João Lisboa (235,9) e Porto Franco (224,1), no sudoeste do estado. Em relação a letalidade as maiores taxas foram em: Boa Vista do Gurupi (26,6%), Paço do Lumiar (21,2%) e Viana (11,9%). Os indicadores de saúde apresentaram autocorrelação espacial direta no período estudado, sendo os índices de Moran Global de incidência de 0,328, letalidade de 0,161 e mortalidade de 0,348 (p≤0,05). Foram detectados os clusters de Alto Risco para incidência, letalidade e mortalidade, localizados respectivamente, no centro e sul maranhense, na Região Metropolitana da Grande São Luís e nos municípios do oeste maranhense. Quanto a sobreposição de clusters, observou-se que três municípios (Lajeado Novo, Nova Colinas e Poção de Pedras) compuseram tanto os clusters de Alto Risco para incidência quanto para mortalidade. Fizeram parte dos clusters de Alto Risco para mortalidade e letalidade os municípios de Davinópolis, Senador La Roque, Raposa e São José de Ribamar. Conclui-se que os casos e óbitos da Covid-19 se distribuíram de forma heterogênea nos municípios maranhenses, com correlação positiva e formação de clusters de Alto Risco.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 7407155 - ARLENE DE JESUS MENDES CALDAS
Interno - 2278498 - MARCELINO SANTOS NETO
Externo ao Programa - 863.138.606-59 - VITOR VIEIRA VASCONCELOS