Banca de QUALIFICAÇÃO: KASSYA ROSETE SILVA LEITÃO
2022-07-08 10:16:36.269
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KASSYA ROSETE SILVA LEITÃO
DATA: 15/07/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PUÉRPERAS RELACIONADA À VIOLÊNCIA
OBSTÉTRICA NO CENÁRIO DO PARTO E NASCIMENTO
PALAVRAS-CHAVES: Violência Obstétrica; Teoria das Representações Sociais; Puérperas;
Enfermagem.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO: A Violência obstétrica é considerada uma questão de saúde pública há anos, e
sua definição engloba desde demoras na assistência, recusa de internações nos
serviços de saúde, cuidado negligente, recusa na administração de analgésicos, até
maus tratos físicos, verbais e ou psicológicos, com desrespeito à privacidade e à
liberdade de escolhas, realização de procedimentos coercivos ou não consentidos,
detenção de mulheres e seus bebês nas instituições de saúde, entre outros, sua
existência ainda é pouco disseminada. A Teoria das representações sociais (TRS) são
o conjunto de explicações, crenças e ideias comuns a um determinado grupo de
indivíduos, resultam de uma interação social, sem perder de vista, contudo, a questão da
individualidade. A TRS se configura como uma teoria interessada em conhecer como se
dá a formação do conhecimento, além dos aspectos cognitivos, e sociais, voltando-se à
construção dos saberes populares. Assim a questão norteadora foi: Quais as
representações sociais das puérperas sobre a violência obstétrica no cenário parto e
nascimento?. Este estudo visou analisar as representações sociais atribuídas pelas
puérperas referentes a violência obstétrica no contexto do cuidado no cenário de parto e
nascimento. Estudo com abordagem qualitativa conduzido com base na teoria das
Representações Socais. Participaram do estudo 30 puérperas, atendidas no Hospital
Universitário Materno Infantil, em São Luís- MA. Utilizou-se para coleta de dados um
questionário sociodemográfico e dados obstétricos para caracterização das puérperas, a
técnica de associação de livres palavras (TALP) e um roteiro de entrevista com questões
norteadoras sobre a violência obstétrica. As entrevistas foram gravadas e posteriormente
organizadas pelo software IRAMUTEQ. disponibilizou o corpus e as palavras agrupadas,favorecendo a identificação dos núcleos de sentido. A pesquisa faz parte do projeto:
ASSISTÊNCIA HUMANIZADA: avaliação de boas práticas no cenário do pré-natal parto
e nascimento em São Luís MA aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa do
Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão/HU/UFMA em conformidade
com as exigências da Resolução MS/CNS n° 466/12 e suas complementares. A maioria
das mulheres se auto declararam pardas e negras, com 1 a 3 filhos, católica e donas de
casa, com parto atual sendo normal. Quanto ao nível de escolaridade, a maioria possuía
ensino médio completo. De acordo com os relatos emergiram três categorias temáticas:
Entendimento Sobre Violência Obstétrica; Vivência do acesso, Trabalho de Parto e
Internação; Associando a vivência a violência obstétrica. Pôde-se constatar que as
puérperas pouco entendiam ou não conheciam o termo violência obstétrica, em suas
vivências atuais de acesso, trabalho de parto e internação pouco experenciaram a
violência obstétrica, foi percebida nas gestações anteriores. As representações sociais
das puérperas sobre a Violência Obstétrica está associada a sensação de insegurança,
vulnerabilidade, sensibilidade, aos maus comportamentos profissionais, falta de
informação e autonomia da puérpera, fortemente representadas pelas palavras: medo,
ignorância, dor, desrespeito, falta de empatia, maus tratos e negligência, evidenciando
que apesar das discussões já realizadas sobre a temática e a existência de redes de
cuidados voltadas para a gestante e puérperas, ainda há muito o que desenvolver a fim
de tornar acessível esses saberes e em prática a promoção, proteção e prevenção deste
problema de saúde pública.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 7550729 - MARIA DE FATIMA LIRES PAIVA
Presidente - 075.177.773-00 - RITA DA GRACA CARVALHAL FRAZAO CORREA
Interno - 1983977 - ROSANGELA FERNANDES LUCENA BATISTA