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Banca de DEFESA: CIBELE SILVA LIMA

2024-02-22 13:00:47.412

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CIBELE SILVA LIMA
DATA: 23/02/2024
HORA: 15:00
LOCAL: Sala 109 Sul Miniauditório -Centro Pedagógico Paulo Freire-UFMA
TÍTULO: O SER-ENFERMAGEM EM TEMPO DE COVID-19: DESVELANDO FENÔMENOS PSICOSSOCIAIS E OCUPACIONAIS.
PALAVRAS-CHAVES: Covid-19; Enfermagem; Filosofia; Psicologia; Riscos Ocupacionais.
PÁGINAS: 88
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública
RESUMO: O surgimento da covid-19 ensejou impactos inimagináveis às relações de trabalho e à sociedade. Os profissionais de enfermagem possuem informações inestimáveis e desafiadoras na compreensão dos fenômenos psicológicos, sociais e ocupacionais oportunizando reflexões na perspectiva do cuidado. O estudo objetivou compreender os fenômenos psicossociais e ocupacionais em profissionais de enfermagem da assistência à saúde materna durante a pandemia covid-19. Trata-se de um estudo qualitativo, desenvolvido no Centro Obstétrico do Hospital Universitário Materno Infantil da Universidade Federal do Maranhão. O referencial teórico-metodológico utilizado foi a Fenomenologia de Martin Heidegger. A coleta de dados foi realizada nos meses de maio e junho de 2023, totalizando 23 profissionais de enfermagem, sendo 11 enfermeiros e 12 técnicos de enfermagem. O momento compreensivo possibilitou a identificação de sete unidades de significado: O ser-enfermagem- e-covid-19; O ser-doente-com-covid-19; O ser- psicológico e covid-19; O ser-social e covid- 19; O ser-ocupacional e covid-19; O ser-família e covid-19; O ser-enfermagem pós-covid-19. O ser-enfermagem revela a dimensão ôntica existente e traz o vivido na covid-19 como uma experiência nova e assustadora, permeada de desconhecimento, medo e insegurança, mas também a dimensão ontológica onde a compreensão do ser no mundo não pode ser desvinculada da sua existência cotidiana. Os profissionais relataram as suas experiências como as descobertas vividas, os medos existidos e o despreparo configurado, mesclado de sentimentos sobre o querer cuidar de si e do outro, pois como “seres-de-cuidado” são também “seres-no-mundo” sujeitos ao adoecimento. O medo do obscuro, das incertezas e de contrair a doença esteve presente e os levou a saírem da sua impropriedade e reviver um novo modo de ser para a atualidade e o porvir, face à angústia. As circunstancias diante do inesperado, o medo e a angústia, impactaram, sobremaneira, esses profissionais, tirando sua tranquilidade e afetando suas emoções, seu psicológico. O sentimento foi de esgotamento emocional com a sobrecarga de trabalho e responsabilidade o que gerou muito amargura, significando uma negatividade em sua experiência, que representou cura, cuidado e reabilitação. A consciência dos fatos e a gravidade dos momentos ocasionou a preocupação constante em infectar-se e infectar seus familiares, agravadas pelas condições de trabalho, relacionadas à estrutura física, uso dos materiais de proteção, novos protocolos de cuidado que transformaram drasticamente as práticas de cuidado e a rotina do serviço. A nova realidade imposta e com o frequente adoecimento dos seus colegas de trabalho, causou preocupação e solidariedade, estreitando os laços de afetividade da equipe. A tomada de decisão e a escolha pela responsabilidade de cuidar, mesmo diante da situação caótica da pandemia, fez alterar as suas relações profissionais, sociais e familiares, o que impactou na necessidade de um cuidado não somente de si, mas do outro e do seu próximo. Constatou-se que os profissionais da enfermagem vivenciaram sentimentos de angústia associado ao medo do desconhecido, do adoecimento, da morte e da incerteza diante do futuro e relataram mudanças nas suas relações interpessoais e na afetividade de forma nítida, fazendo-os refletir diante de um cenário trágico, sobre a sua própria consciência, existência e finitude e descobrir acepção de suas preferências e prioridades, voltando-se a apropriar-se da responsabilidade de fazer a si mesmo e assumir a angústia de seu ser-para-morte como possibilidade de vida.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 5099251 - LISCIA DIVANA CARVALHO SILVA
Interno - 407679 - ROSILDA SILVA DIAS
Externo ao Programa - 1673618 - PATRICIA RIBEIRO AZEVEDO
Co-orientador - 407790 - RITA DA GRACA CARVALHAL FRAZAO CORREA

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