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Banca de QUALIFICAÇÃO: DIEGO COELHO ABREU

2017-10-16 17:19:28.73

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DIEGO COELHO ABREU
DATA: 20/10/2017
HORA: 16:00
LOCAL: Auditório da UPCM ( Unidade de Preparação e Caracterização de materiais)
TÍTULO: Polimorfismo em cristais de ácido palmítico em função da polaridade de solvente orgânico
PALAVRAS-CHAVES: Polimorfismo em cristais de ácido palmítico; Polaridade de solvente orgânico; Difração de raios X; Análise térmica; Espectroscopias Raman e infravermelho.
PÁGINAS: 87
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Materiais
RESUMO: O ácido palmítico (AP) ou hexadecanóico, é um ácido graxo monocarboxilado com cadeia saturada de 16 carbonos; com polimorfismo consagrado na literatura, podendo cristalizar nas formas Atriclínico, Bm/o, C e Em/o. Neste estudo foi avaliado o polimorfismo em função da polaridade do solvente utilizado no preparo da solução, utilizou-se hexano (APH), clorofórmio (APC), éter etílico (APEE), diclorometano (APD), etanol (APE) e propanona (APP), com momentos dipolares: 0,0; 1,04; 1,15; 1,6; 1,69 e 2,88; respectivamente. Os cristais foram estudados por difração de raios X no pó, DSC e Espectroscopias Raman e FTIR. As fases foram confirmadas com refinamento de Rietveld. Cristais formados em soluções com solventes polares com alta taxa de evaporação apresentaram as formas Em e C, sendo C a forma estável, observou-se que solventes clorados tem maior porcentagem de forma Em; 49,51% em APC e 46,94% em APD. Em solvente polar com baixa taxa de evaporação (APE) foram identificadas as fases C e Bm, na amostra apolar APH as fases C e Bm. As formas Em e C, apresentam sistema cristalino monoclínico, grupo espacial P21/c, com 4 moléculas por célula unitária e isoenergéticos; entre C2 e C3 a molécula se configura na forma all trans, mais estável. Na forma Bm a configuração entre C2 e C3 é gauche, uma disposição em cis, em torno da ligação. As análises vibracionais mostram que os parâmetros de rede sofreram alterações em função da composição percentual de cada fase na amostra, os mais afetados foram o volume das células unitárias, ângulo β e o parametro a à temperatura ambiente, indicando que a mistura de fases bem como a polaridade do solvente podem influenciar as ligações de hidrogênio no centro da célula. Os espectros Raman mostram que as bandas nos modos da rede nas amostras APH e APE sofrem deslocamentos para maiores números de onda, comportamento associado a um alongamento das ligações de Hidrogênio (O−H...O), próximas aos grupos carbonila (C=O), no centro da célula unitária. O FTIR mostra na região de 1700cm-1, que as vibrações associadas à C=O apresentam-se como singletos para amostras APC, APD, APEE e APP; e como dubletos para APH e APE. As células unitárias do AP são formadas por dímeros com os grupos carbonila orientados para o centro da célula, entre os carbonos C2 e C3 a molécula pode assumir as conformações em all trans ou gauche; a primeira típica da forma C e E pode ser identificada pelo aparecimento de uma banda associada à carbonila, resultado da superposição de dois modos no plano, aparecendo como singleto; na conformação em gauche, as bandas associadas ao grupo C=O, se deslocam para maiores números de onda em função do alongamento das O−H...O, observado nos espectros Raman, ocorrendo uma separação das bandas, formando um dubleto característico da forma Bm. A análise de DSC, mostra a ocorrência de eventos térmicos nas amostras APE e APH antes da fusão, referentes a transformação BmC. O DRX em altas temperaturas confirma as informações do DSC e mostra uma expansão térmica preferencial no plano (020), implicando em um aumento do parâmetro b. Desta forma, fica evidente que a polaridade do solvente influencia diretamente na formação de diferentes polimorfos, inclui-se ainda a taxa de evaporação do solvente como fator relevante nesse processo.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1655367 - ADENILSON OLIVEIRA DOS SANTOS
Presidente - 584.648.832-34 - FRANCISCO FERREIRA DE SOUSA - UFPA
Interno - 1580665 - PEDRO DE FREITAS FACANHA FILHO

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