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Banca de DEFESA: RAYCHIMAM DOUGLAS SANTANA BEZERRA

2019-08-06 13:00:38.392

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAYCHIMAM DOUGLAS SANTANA BEZERRA
DATA: 14/08/2019
HORA: 09:00
LOCAL: AUDITÓRIO DA UPCM
TÍTULO: OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE UMA NOVA DISPERSÃO SÓLIDA DE DAPSONA UTILIZANDO O ÁCIDO OXÁLICO COMO COFORMADOR
PALAVRAS-CHAVES: Obtenção, Caracterização, Dapsona, Ácido Oxálico, Co-amorfo
PÁGINAS: 92
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Materiais
RESUMO: A dapsona (DPS) é um antibiótico oral utilizado no tratamento de doenças causadas por micobactérias, tais como a tuberculose e a hanseníase. Ela pertence à Classe II do Sistema de Classificação Biofarmacêutico por apresentar baixa hidrossolubilidade. Tal fato contribui para a redução da sua biodisponibilidade e da sua eficácia terapêutica. A síntese de novas dispersões sólidas de fármacos, tais como os co-amorfos, tem sido uma alternativa altamente viável para melhorar as propriedades físico-químicas dos fármacos, como o aumento da hidrossolubilidade. Deste modo, este trabalho teve como objetivo a obtenção e a caracterização de um novo co-amorfo de DPS utilizando o ácido oxálico (OXA) como coformador. Esta dispersão sólida foi obtida utilizando a evaporação lenta do solvente. Para tanto, foram pesadas massas de DPS e de OXA de modo a obter uma mistura binária na proporção molar de 1,0:1,5. Esta mistura foi solubilizada em 20 mL metanol e a solução deixada em repouso a 40±1 ºC até a evaporação completa do solvente (cerca de três dias). Para fins de comparação, os compostos de partida (DPS e OXA) foram individualmente recristalizados pelo mesmo processo de obtenção do co-amorfo. A estequiometria de interação entre DPS e OXA foi também investigada a partir da preparação de suas misturas binárias em diferentes razões molares. Posteriormente, os compostos de partida, suas misturas binárias e o coamorfo DPS-OXA (1,0:1,5) foram caracterizados por Difração de Raios X pelo Método do Pó (PXRD), espectroscópica no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) e por Espectroscopia Raman, Termogravimetria, Termogravimetria Derivativa e Análise Térmica Diferencial Simultâneas (TG/DTG-DTA) e Análise Térmica Diferencial (DSC). Também foram realizados estudos de estabilidade da fase amorfa por DRXP e de solubilidade. Os resultados obtidos por DRXP confirmaram a formação de um material amorfo para a DPS-OXA (1,0:1,5) e apresentou-se estável na forma amorfa por pelo menos 150 dias. Enquanto que os compostos de partida (DPS.rec e OXA.rec) mantiveram-se cristalinos. O espectro de FTIR colhido para o co-amorfo apresentou deslocamento de bandas referentes as vibrações do grupo sulfonil e do grupamento amina encontrados na DPS para maiores números de onda, e também redução na intensidade das vibrações do (–OH) presentes no grupo carboxílico do OXA.rec, tais modificações indicam a interação por meio desses grupos na formação do co-amorfo. Os resultados obtidos por Espectroscopia Raman mostraram o desaparecimento de bandas dos modos vibracionais de rede, uma vez que o novo material de natureza amorfa é desprovido de rede cristalina, nota-se a ausência do estiramento υ(C=O) do grupo carboxílico do OXA e deslocamento da banda referente ao grupo sulfonil, νs(SO2) da DPS, indicando a atuação destes grupos na interação entre a DPS e o OXA na formação do co-amorfo. As curvas TG/DTG-DTA para o material obtido neste estudo consta com a ausência de evento de fusão além de qualquer outro evento apresentado pelos compostos DPS e OXA. A curva DSC registrou temperatura de transição vítrea em 73 ºC. O teste de dissolução mostrou que a DPS presente no co-amorfo DPS-OXA (1,0:1,5) é 5,4 vezes mais solúvel que o fármaco puro. Desta forma, os resultados presentes neste estudo confirmaram a formação do co-amorfo inédito de DPS utilizando OXA como coformador na proporção molar 1,0:1,5. Este novo material dispõe de características promissoras, como boa estabilidade e maior solubilidade, requisitos que podem proporcionar à DPS maior biodisponibilidade aumentando a sua eficácia terapêutica com a redução dos efeitos colaterais deste fármaco no tratamento da hanseníase.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - GILBERT BANNACH - UNESP
Presidente - 2277967 - PAULO ROBERTO DA SILVA RIBEIRO
Interno - 1580665 - PEDRO DE FREITAS FACANHA FILHO

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