Banca de QUALIFICAÇÃO: LAISA ALVES MALHEIROS SOARES
2018-09-03 11:37:44.475
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LAISA ALVES MALHEIROS SOARES
DATA: 04/09/2018
HORA: 09:30
LOCAL: SALA DA PÓS-GRADUAÇÃO EM OCEANOGRAFIA-PPGOceano
TÍTULO: Variabilidade local e remota da temperatura superficial do mar no Atlântico
Equatorial Ocidental e seus impactos sobre a precipitação no Maranhão.
PALAVRAS-CHAVES: El Niño - Oscilação Sul, Oceano Atlântico Equatorial, Anomalias de
precipitação.
PÁGINAS: 33
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Oceanografia
SUBÁREA: Oceanografia Física
ESPECIALIDADE: Interação do Oceano com a Atmosfera
RESUMO: Este estudo objetiva classificar a intensidade das diferentes fases da componente
oceânica do fenômeno El Niño- Oscilação Sul (ENOS) ocorridas nas quatro regiões do
Niño do Pacífico Equatorial (PE) para os últimos 36 anos (1980 a 2015), com o intuito
de analisar a influência de eventos ENOS fortes e moderados na variabilidade sazonal e
interanual da temperatura superficial do mar (TSM) no Atlântico Equatorial, bem como
seus impactos sobre o regime de precipitação no estado do Maranhão. Este estudo foi
baseado em médias mensais de TSM oriundas da base de dados da reanálise global do
Simple Ocean Data Assimilation (SODA, versão 3.3.1) (Carton & Giese, 2008). Os dados
de TSM das regiões dos Niños 1+2, 3, 3.4 e 4, Atlântico Tropical Norte (ATN), Atlântico
Tropical Sul (ATS) e Atlântico Equatorial (AE) foram submetidos à remoção da
tendência linear de modo a produzir campos de anomalias trimestrais de TSM e índices
climáticos representativos da variabilidade interanual, sem a presença de tendência no
clima equatorial. Foram construídos compostos climáticos de anomalias de TSM
(ATSMs) para a região do AE representativos das diferentes fases (El Niño x La Niña) e
intensidades (fortes x moderados) e regiões (Niño 1+2 x Niño 3 x Niño 3.4 x Niño 4) do
ENOS. O mesmo procedimento foi adotado para a construção dos compostos de
precipitação para o estado do Maranhão. Os compostos de precipitação foram calculados
somente para as regiões do Niño 3 e Niño 3.4. Os resultados mostram que a partir do
Índice Oceânico do Niño (ION) a região do Niño 3.4 apresentou o maior número de
eventos ENOS. A correlação de Pearson mostrou que o ATN foi o que melhor se
relacionou com as diferentes regiões do Niño, sendo a região do Niño 4 a que possuiu a
maior influência sobre a variabilidade remota do Atlântico Tropical (AT). Foram
encontradas correlações negativas entre o AE e todas as regiões do Niño do Pacífico,
especialmente sobre o setor do ATS. As análises dos compostos climáticos
representativos de eventos ENOS fortes e moderados no AE independente da região do
Niño no PE mostraram que o AE apresenta em geral ATSMs negativas em anos de El
niño e ATSMs positivas em anos de La Niña. As análises dos compostos climáticos de
ATSM no AE para cada uma das regiões do Niño mostraram que as regiões do Niño 4 e
secundariamente a região do Niño 3.4 e 3 foram as regiões que mais influenciaram na
ATSMs do AE, e os meses de JJA seguido dos meses de MAM foram os que apresentaram
as ATSMs mais representativas. Foi avaliado o sinal do dipolo do Atlântico (DA) e
estabelecido relações de suas fases positivas e negativas com o ION. Essa relação mostrou
a predominância da fase positiva do DA durante os eventos de El Niño e a fase negativa
que é mais evidenciada em anos de La Niña apresentou pouca ocorrência. A análise das
anomalias de precipitação no estado do Maranhão relacionadas com a TSM do Atlântico
Equatorial em anos de eventos ENOS fortes e moderados na região do Niño 3 e 3.4
mostrou que a região do Niño 3 apresentou uma influência maior nas anomalias positivas
de precipitação no estado. E os meses de DJF e MAM são os que mais apresentaram a
presença de anomalias positivas de precipitação.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2241795 - CLAUDIA KLOSE PARISE