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Banca de DEFESA: JULIANA MARQUES COELHO BORBA

2020-10-22 13:31:07.578

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIANA MARQUES COELHO BORBA
DATA: 09/11/2020
HORA: 10:00
LOCAL: Via Google Meet            LINK DA SALA: meet.google.com/spf-wfqm-qbe

TÍTULO: CIRCULAÇÃO E TRANSPORTE DE MATERIAIS NA REGIÃO PORTUÁRIA DO COMPLEXO ESTUARINO DE SÃO MARCOS (CESM) - MARANHÃO, BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Correntes, espaço-temporal, estrutura termohalina, hidrodinâmica, material particulado em suspensão
PÁGINAS: 134
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Oceanografia
SUBÁREA: Oceanografia Física
ESPECIALIDADE: Movimento da Água do Mar
RESUMO: O conhecimento do comportamento hidrossedimentológico em áreas costeiras é relevante para a manutenção dos serviços ecossistêmicos, desenvolvimento, uso do solo e recursos hídricos. No conjunto dos ambientes costeiros e da logística portuária, encontra-se o Complexo Portuário de São Luís-CPSL,maior e mais importante complexo portuário da costa Norte-Nordeste (composto por 4 principais portos) e o segundo da América Latina, no que concerne ao fluxo de cargas. Está localizado na costa ocidental de São Luís, em uma posição estratégica quanto a rota para grandes mercados, transportando produtos industrializados e, principalmente, minérios e derivados do petróleo. A hidrodinâmica estuarina é controlada por mecanismos físicos (circulação e mistura) que são principalmente governados pela ação das marés e pela descarga fluvial, podendo ocorrer tanto no sentido vertical como longitudinal (Dyer, 1995). As oscilações da maré, além dos estágios de enchente e vazante (diário) ocorrem entre os ciclos de sizígia e quadratura (semanal) e sua variação entre solstícios e equinócios (semestral) (Fettweis, et al., 1998). Com o objetivo de estudar como a circulação hidrodinâmica e as massas d’água no Complexo Estuarino de São Marcos (CESM) podem influenciar o transporte de materiais e constituintes, foi realizada uma caracterização a partir da análise de dados (conservativos e não conservativos, velocidade e direção das correntes) ao largo do CPSL. As duas campanhas (abordagem espacial e temporal) ocorreram no ano de 2017, contemplando-se os diferentes períodos (sizígia e quadratura) e estágios (enchente e vazante) da maré e em regimes sazonais e condições de descarga fluvial distintas (chuva e fim da chuva). Os equipamentos utilizados para aquisição de dados foram o ADCP, CTD e uma garrafa de van Dorn. Foram obtidos os seguintes resultados: por meio das estruturas térmicas e salinas observadas no CESM, obteve-se águas mais frias e mais salinas (𝑆a=30,8) na estação de chuva (AC) e temperaturas elevadas e águas estuarinas (𝑆a=25,8) na estação de fim da chuva (AE), o que ocasionou percentuais de água doce e tempo de residência maiores nesse período. As intensidades das correntes foram da ordem de 2,30 m s-1 para as duas marés e nos dois períodos sazonais. Os perfis da velocidade da componente longitudinal apresentaram escoamento bidirecional e foram mais intensos na vazante (1,56 m s-1 Fundeio I e 1,13 m s-1 Fundeio II). Foram observadas elevadas concentrações de MPS (>550 mg L-1 ), com valores médios maiores que 200 mg L -1 e maiores concentrações no período chuvoso e junto ao fundo na coluna d’água. O ambiente manteve elevadas concentrações de oxigênio dissolvido (OD >200 µmol kg-1 ). Ao compararmos as vazões médias dos dois períodos, observamos que os maiores valores ocorreram na estação de chuva (33000 m³s-1 ) e no fim da estação chuvosa foram mais baixas (27400 m³s-1 ), com 60% dos prismas de maré negativos (enchente-importador) em ambos os períodos sazonais. O volume de água total variou da ordem de 107 m3 a 109 m3, sendo mais elevado no período de balanço hídrico positivo. A variabilidade dos fluxos médios de sedimento em suspensão foi de 1243,99 Ton.h-1 no período chuvoso e de 741,65 Ton.h-1 no final do período chuvoso, ambos em maré vazante, com porcentagens acima de 80% deste material ficando retido nas radiais mais internas do CESM. De todo modo, é oportuno reforçar que os fluxos de MPS associado à variabilidade das condicionantes ambientais e mudanças climáticas, modelam a região estuarina, sendo preciso um monitoramento contínuo devido a atividades potencialmente danosas, como possíveis acidentes náuticos ou a derramamentos de óleo ou qualquer contaminante na região que acarrete inutilização ao meio e a região costeira. Os resultados apresentados enfatizaram o quão complexo e dinâmico é o sistema estuarino de São Marcos, no que diz respeito ao entendimento das mudanças que ocorrem no transporte hidrodinâmico e de materiais em estuários regidos por macromaré situados na interface Amazônia Semiárido. Palavras-chave: Correntes, espaço-temporal, estrutura termohalina, hidrodinâmica, material particulado em suspensão.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 377637 - AUDALIO REBELO TORRES JUNIOR
Interno - 1978142 - FRANCISCO JOSE DA SILVA DIAS
Externo à Instituição - ALESSANDRO LUVIZON BÉRGAMO - UNIFEI - UNI

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