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Banca de DEFESA: ALLINE VIEIRA COELHO

2022-09-22 14:10:15.183

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALLINE VIEIRA COELHO
DATA: 23/09/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Via Google Meet (link da sala: http://meet.google.com/gkf-aoxk-ruh)
TÍTULO: COMPOSIÇÃO ESPECÍFICA, ANÁLISE MORFOMÉTRICA E CONTAMINAÇÃO POR METAIS EM NADADEIRAS DE TUBARÕES COMERCIALIZADOS NO POLO PESQUEIRO DO MUNICÍPIO DE RAPOSA-MA
PALAVRAS-CHAVES: nadadeiras de tubarão, pesca ilegal, elasmobrânquios
PÁGINAS: 65
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Oceanografia
RESUMO: A captura excessiva dos elasmobrânquios no mundo também ocorre impulsionada pelo comércio internacional das nadadeiras com altíssimo valor comercial. essa prática chamada "finning" que inclui a constate remoção de nadadeiras e é uma das causas do grande declínio das populações de tubarões. A presente pesquisa tem como objetivo geral identificar as espécies de tubarões a partir das nadadeiras dorsais e peitorais removidas para comercialização no município da Raposa – MA. Além de identificar as espécies de tubarões desembarcadas no entreposto pesqueiro do município, pretendeu-se avaliar a variabilidade das nadadeiras ao longo do tempo como indicativo de presença/ausência de espécies na região costeira do estado, analisar a morfometria das nadadeiras de diferentes espécies, e identificar as espécies através da imagem das nadadeiras utilizando o software iSharkFin, e por fim, determinar os teores de metais contaminantes nestas nadadeiras comercializadas. As nadadeiras dos tubarões foram obtidas juntamente aos pescadores/feirantes. A amostragem das nadadeiras foi realizada mediante a identificação dos conjuntos (dorsal e par peitoral) e aleatórios (quando não possui par) para análises morfométricas. O software iSharkFin foi utilizado na identificação das nadadeiras e, para tanto, ele produz uma matriz em que as linhas representam os conjuntos de medidas fornecidos pelos usuários e as colunas representam as 35 variáveis morfométricas para identificar as espécies através da imagem das nadadeiras. Foram identificadas 13 espécies de tubarões com o uso do iSharkFin utilizando as nadadeiras dorsais, entres elas, seis são de ocorrências próximas ao local do porto pesqueiro do município da Raposa-MA: Galeocerdo cuvier, Prionace glauca, Alopias superciliosus, Sphyrna mokarran, Carcharhinus plumbeus e Carcharhinus longimanus. E duas espécies utilizando as nadadeiras peitorais: Sphyrna mokarran e Lamna nasus. A altura das nadadeiras dorsais variou em: 3,10 cm – 19,20 cm, com média de 6,90 cm (± 2,44 cm desvio padrão?), e a altura das nadadeiras peitorais variou em: 5,40 cm – 17,90 cm, com média de 9,41 cm ± 2,51 cm. O cromo (Cr), zinco (Zn), Chumbo (Pb), Mercúrio (Hg) e Arsênio (As) nas nadadeiras peitorais e dorsais apresentaram médias de: 4,56 mg.kg-¹ e 8,96 mg.kg-¹; 34,90 mg.kg-¹ e 39,73 mg.kg-¹; 0,16 mg.kg-¹ e 0,138 mg.kg-¹; 0,5 mg.kg-¹ e 0,61 mg.kg-¹; 1,29 mg.kg-¹ e 2,24 mg.kg-¹, respectivamente. Valores acima do permitido pelos órgãos de segurança alimentar, ANVISA e CODEX ALIMENTARIUS. O programa iSharkFin se mostrou problemático para a identificação da fauna amazônica pois foi elaborado para a identificação de tubarões controlados pela Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção-CITES, o que restringe o seu leque de identificação. Contudo, o software livre iSharkFin poderá ser uma excelente ferramenta para identificação se novas espécies forem adicionadas na elaboração de seu algorítmo ou adaptado à fauna amazônica. A identificação das nadadeiras dorsais mostrou-se mais eficaz do que as nadadeiras peitorais. Uma excelente alternativa também poderia ser uma versão mobile, com o uso das câmeras dos smartphones, promovendo a identificação das nadadeiras em tempo hábil, permitindo uma fiscalização mais ativa e presente, sem precisar ter que tirar foto para depois ter que processá-las no notebook e/ou desktop. Alguns metais contaminantes não possuem restrições pelos órgãos responsáveis, mas apresentam propriedades tóxicas. Contudo, a bioacumulação de metais tóxicos nas nadadeiras peitorais e dorsais dos tubarões comercializadas no polo pesqueiro da Raposa-MA evidenciou a necessidade de preocupação quanto à saúde humana diante dos resultados superiores aos limites máximos diários aceitáveis.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2339651 - GETULIO RINCON FILHO
Interno - 6407372 - MARCO VALERIO JANSEN CUTRIM
Externo à Instituição - PATRICIA CHARVET - UFC

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