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Banca de DEFESA: JANAINA LOPES DE AMORIM

2021-05-10 11:29:09.993

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JANAINA LOPES DE AMORIM
DATA: 13/05/2021
HORA: 14:30
LOCAL: GOOGLE MEET
TÍTULO: O CORPO ESTÁ NO CONTRATO? Estudo sobre as ocorrências de assédio sexual contra mulheres jornalistas nas redações de Imperatriz
PALAVRAS-CHAVES: Jornalistas; Rotina de trabalho; Gênero;Assédio; Imperatriz.
PÁGINAS: 111
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Comunicação
SUBÁREA: Jornalismo e Editoração
RESUMO: Esta pesquisa trata do assédio sexual sofrido por mulheres jornalistasde Imperatriz (MA). O estudo tem por objetivo compreender como o assédio sexual envolvendo mulheresjornalistas ocorre nas redações da segunda maior cidade do Maranhão, bem como identificaras práticas de assédio na rotina de trabalho. Didaticamente, a pergunta quenorteia este estudo é: como o assédio sexual envolvendo mulheres jornalistas deImperatriz se manifesta na rotina jornalística e qual é seu impacto para essasprofissionais? Para dar conta dessa proposta, optou-se por uma pesquisa empírica com abordagem qualitativa, ancorada em entrevistas abertas e em profundidade. O procedimento de análise e interpretação dos dados foi guiado pelas bases da Análise de Conteúdo, que consiste em um conjunto de técnicas que permite a interpretação de comunicações, composta pelas fases de descrição,interpretação e inferência (BARDIN, 1977; PUGLISI, FRANCO, 2005). Ao todo, 19 jornalistas foram ouvidas de um universo de 23 que atuam nos veículos que fazem parte do recorte do estudo, que compreende redações de TV e de rádio e um portal de notícias. A fundamentação teórica que dialoga com a pesquisa teve como base autores como Saffioti (1987;1976),Louro (2011), Fukuda (2012) e Butler (2003). Entre os apontamentos encontrados está o de que o assédio faz parte da rotina das jornalistas e que essa violência traz impactos tanto para a saúde das vítimas, quanto para sua carreira. Indiretamente a violência acaba afetando também a qualidade do material disponibilizado ao público. O estudo identificou, ainda, que Imperatriz, apesar de ser uma cidade de médio porte do interior do Maranhão, tem uma realidade parecida em relação à frequência e às características do assédio nas demais cidades do país, tendo como referência estudos nacionais anteriores como o da Abraji (2017) que abrange as cidades de Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro eSão Paulo, o da pesquisadora Portela(2018), realizado em Curitiba, e o de Lima,Santos e Tavares (2019), em Balsas.Mostrou ainda que a maior parte dos assediadores são homens que ocupam cargo de chefia ou possuem alguma posição considerada de respaldo social. Essa agressão acontece em todas as etapas do trabalho, abrangendo ambientes externos e internos, tanto presencialmente quanto por mídias sociais on-line. Além disso,esse ato violento tem impactos tanto para as profissionais, que passam por situação de adoecimento, quanto para a rotina jornalística, já que as mulheres trocam pauta, evitam fontes e derrubam coberturas para evitar contato com os assediadores. E, ainda que não encerre o assunto assédio, ao apresentar os resultados e particularidades de uma cidade do interior, no Nordeste do país, a pesquisa pretende contribuir para ampliar as perspectivas acerca das relações de gênero e do assédio contra mulheres no mercado de trabalho do jornalismo, colaborar para mostrar que esse problema existe e sua gravidade e assim chamar atenção para a importância do debate sobre o assunto.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3083054 - CAMILLA QUESADA TAVARES
Interno - 1916001 - MARCELLI ALVES DA SILVA
Externo à Instituição - PAULA MELANI ROCHA - UEPG
Presidente - 1802174 - THAISA CRISTINA BUENO

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