Banca de DEFESA: ARIEL SANTOS DA ROCHA
2022-10-03 10:39:43.692
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ARIEL SANTOS DA ROCHA
DATA: 27/10/2022
HORA: 15:00
LOCAL: FORMATO HÍBRIDO - Sala de aula PPGCOM e Google Meet
TÍTULO: A COR DO APAGAMENTO: Quem fala no Dia da Consciência Negra na mídia hegemônica do Maranhão
PALAVRAS-CHAVES: Dia da Consciência Negra. Fontes Jornalísticas. Jornalismo no Maranhão. Imirante. O Estado do Maranhão.
PÁGINAS: 122
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Comunicação
RESUMO: A atividade jornalística está essencialmente ancorada na apuração das informações por meio
das fontes, seja dos diversos tipos disponíveis cidadão comum, instituições, órgãos,
documentos oficiais, grandes bancos de dados e entre outros. Assim como os setores da
sociedade estão atentos na importância de se disponibilizarem nesse campo midiático como
fontes a serem acionadas pelos veículos, mas, também, não estão em uma posição de
passividade, já que criam suas próprias possibilidades de comunicação, com o reforço de meios
independentes e alternativos. Nesse sentido, a pesquisa aqui proposta traçou um panorama da
cobertura sobre o Dia da Consciência Negra em veículos tradicionais do Maranhão e realiza um
aprofundamento do espaço da data a partir da análise debruçada nas fontes jornalísticas
presentes nas páginas do site Imirante.com e o antigo impresso O Estado do Maranhão. Medina
(2007) reforça a importância da simultaneidade de vozes no Jornalismo, Primo (2017) ressalta
a importância de se colocar a prática para além do jornalista como centro e Canavilhas (2017)
chama atenção para a necessidade do aproveitamento do que o cidadão comum na sociedade
pode acrescentar na produção jornalística. Tendo em vista tais direcionamentos a respeito do
campo jornalístico e conectando essas questões à importância das fontes nas rotinas,
trabalhamos com duas perguntas. A primeira é o que se vê quando se olha para a cobertura que
os dois veículos da mídia hegemônica maranhense realizam sobre o dia 20 de novembro e a
segunda é o que se constata ao conferir as vozes acionadas sobre o tema. Para responder os dois
questionamentos, eles se configuraram nas duas fases de execução da pesquisa, que se utiliza
da Análise de Conteúdo para a coleta de dados, tratamento das informações captadas e a análise
das constatações encontradas. Dessa forma, o corpus dessa pesquisa contempla em 94 matérias
jornalísticas levantadas em 19 anos do recorte temporal da pesquisa (2002 a 2021), com metade
do material sendo uma reprodução na íntegra de conteúdo de outros veículos. Para a análise das
fontes, o trabalho aqui feito atentou-se para apenas as matérias de autoria própria dos jornais.
Assim sendo, em um primeiro momento, já conferimos que o espaço do tema da celebração no
jornal é bem reduzido, refletindo diretamente na quantidade de vozes e fontes acionadas: apenas
69 fontes jornalísticas foram utilizadas, o que não contempla uma diversidade de fontes e
variedade de enfoques no que diz respeito ao material de autoria própria dos jornais. Ainda
como constatação encontrada, ressaltamos a falta de aprofundamento nas matérias que pautam
o dia, assim como a configuração da cobertura se estabelece como simplista. Poucas vezes as
fontes foram utilizadas para fins de enriquecer a produção de forma mais firme pelos jornais,
pois, em sua maioria, são fontes institucionais com espaço para reverberarem eventos, assim
como as fontes oficiais também presentes não são postas em um lugar de contraponto. Por fim,
completamos, entre os achados deste estudo, que o cidadão comum quase não tem espaço
durante quase duas décadas de levantamento das matérias que pautam o Dia da Consciência
Negra, questões raciais publicadas no dia 20 de novembro ou que pautem a data mesmo em
outros dias durante os anos do recorte, com a celebração como gancho.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1802174 - THAISA CRISTINA BUENO
Interno - 1650921 - LUCAS SANTIAGO ARRAES REINO
Externo à Instituição - JULIANA FERNANDES TEIXEIRA - UFPI