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Banca de DEFESA: ANA NERY CORREIA LIMA

2014-08-25 13:53:35.296

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA NERY CORREIA LIMA
DATA: 01/09/2014
HORA: 16:00
LOCAL: Sala de Multimídia do PPGCSoc
TÍTULO: GRUPO DE MULHERES NEGRAS MÃE ANDRESA: marcações identitárias de gênero e raça na produção de estratégias contra o racismo e o machismo
PALAVRAS-CHAVES: discriminação racial;Movimento de Mulheres Negras;práticas sociais
PÁGINAS: 110
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO: Este estudo tem como objetivo compreender as estratégias contra a discriminação racial e de gênero produzidas por militantes do grupo de Mulheres Negras Mãe Andresa, em São Luís - MA. Pensando os recortes identitários de gênero e raça como um conjunto de múltiplas posições, acionadas em determinados contextos, por essas sujeitas, procuro refletir como essas marcações (raciais e de gênero), acionadas pelas militantes do Grupo Mãe Andresa nos espaços de militância em que estão inseridas são negociadas na produção de estratégias frente ao racismo e o machismo. Utilizo nesta pesquisa, o termo mulheres negras militantes, como uma categoria analítica que se refere ao grupo de sujeitas marcadas (entre outras) pelo gênero e pela raça que se apresentam como mulheres negras, que estão situadas também, no interior do Movimento Negro e Movimento de Mulheres Negras e que podemos situar no que compreendemos por feminismo negro, onde constroem sua militância na busca por acesso aos direitos e enfrentamento ao racismo, machismo e outras formas de discriminação. Utilizo também, a categoria estratégia, que neste estudo, diz respeito às formas como as militantes do Grupo de Mulheres Negras Mãe Andresa constroem práticas sociais que se compreendem eficientes no combate ao racismo e ao machismo, no contexto em que atuam e que por sua vez funcionam como instrumentos de busca por efetivação e garantia de direitos. a partir dessas reflexões observa-se que o universo pesquisado denota a existência explícita de uma vivência marcada pela discriminação racial e de gênero, que são submetidas às pessoas negras, em especial às mulheres. Essas consequências são visíveis nas experiências vivenciadas por essas sujeitas e atravessam suas trajetórias de vida marcando as representações que constroem de si mesmas a partir dessas vivências. Nos relatos dessas militantes é possível perceber que as marcações de raça e gênero são reforçadas por elas na medida em que passam por situações de discriminação no decorrer da vida e essa identidade de “mulher negra” é reforçada por elas no ambiente da militância. É através dessa marcação identitária, que essas mulheres constroem estratégias de buscas por seus direitos. Por vias múltiplas reconstroem e resignificam o preconceito ou recusam os lugares menos favorecidos a que são submetidas na maioria das vezes. Travando disputas e construindo outros caminhos essas sujeitas se utilizam das mesmas marcas identitárias que as discriminam para recompor e positivar essas representações.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1207444 - ACILDO LEITE DA SILVA
Presidente - 2198616 - ALVARO ROBERTO PIRES
Interno - 407293 - SANDRA MARIA NASCIMENTO SOUSA

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