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Banca de QUALIFICAÇÃO: ROSEANE GOMES DIAS

2017-04-24 17:49:29.788

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROSEANE GOMES DIAS
DATA: 26/04/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Reunião do PPGCSoc
TÍTULO: TEMPO DE MUITO CHAPÉU E POUCA CABEÇA, DE MUITO PASTO E POUCO RASTRO: ação estatal e suas implicações para comunidades tradicionais no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
PALAVRAS-CHAVES: Parque Nacional, comunidades tradicionais, conservação ambiental, territorialização.
PÁGINAS: 83
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO: A presente tese é resultado de um conjunto de investimentos de pesquisa realizados em três localidades do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses:Tratada dos Carlos, Tucuns e Ponta do Mangue. Trata dos distintos modos de interação com a natureza que opõem, neste momento, comunidades tradicionais que vivem e trabalham nessa Unidade de Conservação e os órgãos de licenciamento e monitoramento ambiental do Estado que têm adotado políticas e práticas de conservação ambiental que comprometem a organização social e econômica dessas famílias. No transcurso da pesquisa, os esforços realizados voltaram-se à compreensão de como se processou a territorialização por parte das famílias de comunidades tradicionais no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e as transformações na organização social e econômica desses grupos, a partir da atuação dos agentes de órgãos ambientais do Estado. Procurou dar conta das seguintes questões: como se deu o processo de territorialização dessas localidades? Quais as relações sociais estabelecidas por esses grupos? Quais os ambientes de que fazem uso? Quais as regras que presidem o uso e a apropriação dos recursos? Como se deu a imposição de novas regras de uso dos ambientes em diferentes contextos de atuação dos órgãos e agentes do Estado? Como se deu a ação dos agentes dos órgãos ambientais responsáveis pela gestão do Parque, em sucessivos momentos históricos? Quais as modalidades de intervenção dos agentes de órgãos ambientais no Parque? O resultado do trabalho desenvolvido, e que buscou responder às questões levantadas, está organizado com a seguinte estrutura: Introdução, que apresenta o itinerário da pesquisa, o problema trabalhado, o universo empírico, os caminhos trilhados para dar conta das questões levantadas em relação ao problema e à tese; Capítulo 1 – A criação de parques nacionais no Brasil, que situa o trabalho no contexto das unidades de proteção integral no Brasil, a construção do conceito de Parques Nacionais e a criação do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses; Capítulo 2 – Caracterização histórica e sociológica das localidades pesquisadas, recuperando a dimensão histórica dos processos de territorialização operados por diferentes grupos na área em que estão situadas as localidades pesquisadas, assim como a circulação de parentes para outras localidades do Parque como um aspecto constitutivo da organização social dos grupos familiares que lá vivem e trabalham; Capítulo 3 - Regras de apropriação dos recursos, que traz uma caracterização ecológica das regiões onde estão situadas as localidades pesquisadas, as regras de apropriação e uso que foram produzidas pelos grupos familiares, destacando as relações estabelecidas com o mundo não material e o seu sistema de crenças; Capítulo 4 – Tempo de muito chapéu e pouca cabeça, de muito pasto e pouco rastro, que analisa a atuação dos órgãos e agentes estatais no Parque Nacional, contextualizando a presença das instituições de monitoramento ambiental no PARNA, situando o momento de alteração na relação do Estado com as famílias das localidades a partir da criação do ICMBio, que desenvolve modalidades de intervenção que criam inúmeras dificuldades para quem lá vive e trabalha.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 5122304 - BENEDITO SOUZA FILHO
Externo ao Programa - 1551792 - CINDIA BRUSTOLIN
Interno - 1096955 - HORACIO ANTUNES DE SANT ANA JUNIOR

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