Ir para acessibilidade
inicio do conteúdo

Banca de DEFESA: ROSEANE GOMES DIAS

2017-06-22 11:24:06.729

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROSEANE GOMES DIAS
DATA: 05/07/2017
HORA: 08:30
LOCAL: Sala de aula do programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, UFMA.
TÍTULO: TEMPO DE MUITO CHAPÉU E POUCA CABEÇA, MUITO PASTO E POUCO RASTRO: ação estatal e suas implicações para comunidades tradicionais no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
PALAVRAS-CHAVES: Parque Nacional, comunidades tradicionais, conservação ambiental, territorialização.
PÁGINAS: 189
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO: A presente tese é resultado de um conjunto de investimentos de pesquisa realizado em três localidades do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, no município de Barreirinhas: Tratada dos Carlos, Tucuns e Ponta do Mangue. Buscou compreender como se processou a territorialização dessas comunidades tradicionais e as transformações na organização social e econômica desses grupos, a partir da atuação dos agentes de órgãos ambientais do Estado desde a criação dessa unidade de conservação de proteção integral, em 1981. O trabalho etnográfico, consolidado por meio da observação direta e a participação em eventos do cotidiano dos grupos familiares, permitiu identificar as condutas territoriais que promoveram a consolidação de um modo de vida, a partir da interação entre humanos e ambiente. As práticas das famílias, antes e depois da criação do Parque Nacional, possibilitaram a consolidação de organizações sociais que estão sendo afetadas em decorrênia da introdução, por parte do ICMBio, de novas regras de uso dos recursos e de permanência no Parque Nacional. A ação de fiscalização dos agentes do órgão ambiental, pautada rigorosamente nas normas relativas às unidades de conservação de proteção integral, tem gerado conflitos socioambientais envolvendo esses agentes públicos e grupos familiares. Nesse contexto de proibições, restrições e sanções impostas às famílias, formas cotidianas de resistência (SCOTT, 2002) têm sido acionadas por agricultores, pescadores, criadores de animais e extrativistas como forma de contraposição a tais ações, ou como estratégias para continuar desenvolvendo as atividades que atendem às suas necessidades materiais, sociais e simbólicas. Subjacente a essa forma de atuação dos agentes do órgão ambiental, caracterizada pelos constantes constrangimentos à organização social e econômica das famílias, pode-se identificar uma estratégia dissimulada de desocupação gradual dessa unidade de conservação, sem que nenhuma indenização, desapropriação, reassentamento ou Termo de Compromisso tenham sido efetivamente realizados pelo Estado.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANNELISE CAETANO FRAGA FERNANDEZ - UFRRJ
Presidente - 5122304 - BENEDITO SOUZA FILHO
Externo ao Programa - 1551792 - CINDIA BRUSTOLIN
Interno - 1096955 - HORACIO ANTUNES DE SANT ANA JUNIOR
Externo ao Programa - 085.492.488-43 - JOAQUIM SHIRAISHI NETO - UFPR

fim do conteúdo