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Banca de DEFESA: MARISTHELA RODRIGUES DA SILVA

2021-07-26 10:51:24.997

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARISTHELA RODRIGUES DA SILVA
DATA: 13/08/2021
HORA: 10:00
LOCAL: Plataforma do Google Meet
TÍTULO: MORRER NAS MORRARIAS: autonomia, dignidade e formas de solidariedade nas situações de morte no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses
PALAVRAS-CHAVES: Comunidades Tradicionais, Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, Associações Funerárias, Formas de Solidariedade, Autonomia.
PÁGINAS: 173
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO: Os eventos associados às situações de morte podem ser entendidos como expressão de autonomia, dignidade e formas de solidariedade entre as famílias que integram as comunidades tradicionais do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (PNLM). Antes mesmo da criação dessa unidade de conservação de proteção integral, muitas famílias já viviam no Parque, consolidando modos de vida a partir de formas específicas de interação com o meio biofísico. A autonomia das famílias dessas comunidades tradicionais e suas particularidades socioculturais não se expressa somente por meio das atividades tradicionalmente realizadas, como agricultura, pesca, criação de animais e produção artesanal, mas também por meio de formas associativas. Entre as formas associativas dessas comunidades tradicionais destacamos as Associações Funerárias, criadas para responder às necessidades materiais e cerimoniais relacionadas com as situações de morte. As Associações Funerárias representam um modelo organizacional caracterizado pela participação associativa de membros das famílias de diferentes comunidades tradicionais do PNLM. Nas situações de morte, cada associado contribui com uma pequena quantia em dinheiro e o montante arrecadado pelas Associações propicia a criação de um fundo destinado a cobrir todos os itens e despesas indispensáveis aos ritos funerários da família enlutada. Tomando como referência o funcionamento dessas Associações Funerárias, a tese objetiva compreender os fundamentos da autonomia das famílias para lidar com as situações de morte a partir do acionamento dessas redes de associados. Essas iniciativas são também interpretadas no trabalho como estratégias para romper, por um lado, com as formas de dependência assistencialista do poder local e, por outro, assegurar autonomia para responder às demandas materiais, simbólicas, culturais e cerimoniais relacionadas com as situações de morte. Diante de tantos outros tipos de associações (religiosas, de moradores, clubes de mães), a que parece funcionar com maior efetividade é justamente aquela que se ocupa das demandas relacionadas com o fim da vida, a que se propõe resolver as necessidades das famílias relacionadas com os casos de morte. Ao dedicarmos atenção ao funcionamento das Associações Funerárias no atendimento das demandas das famílias, podemos compreender não somente os aspectos cerimoniais relacionados com as situações de morte, mas também as formas de solidariedade e autonomia das famílias e os princípios morais, econômicos, jurídicos e simbólicos que tais situações comportam.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANNELISE CAETANO FRAGA FERNANDEZ - UFRRJ
Presidente - 5122304 - BENEDITO SOUZA FILHO
Externo à Instituição - EDNALVA MACIEL NEVES - UFPB
Externo à Instituição - HIPPOLYTE BRICE SOGBOSSI - UFS
Interno - 1925487 - MARTINA AHLERT

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