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Banca de DEFESA: SERGIO CESAR CORREA SOARES MUNIZ

2023-08-21 08:26:33.763

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SERGIO CESAR CORREA SOARES MUNIZ
DATA: 30/08/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Plataforma do Google Meet
TÍTULO: EU QUERIA VER O MAR E TÔ BATENDO CABEÇA: (auto)reflexividades sobre a educação superior indígena na/da UEMA.
PALAVRAS-CHAVES: Ensino Superior; Povos Indígenas; Interculturalidade; Etnografia no/dos interstícios; Colonialidade.
PÁGINAS: 242
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO: Esta tese é resultado de um investimento teórico-metodológico cuja motivação é a presença de indígenas no ensino superior do Maranhão. A principal fonte geradora dos resultados apresentados neste trabalho foram as experiências acadêmicas vivenciadas por homens e mulheres indígenas que cursaram a primeira Licenciatura Intercultural para a Educação Básica Indígena do estado (LIEBI), ofertada pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), entre os anos de 2016 e 2022. Nesse sentido, este trabalho é uma tentativa de construir uma análise antropológica acerca das dificuldades e oportunidades, dos encontros e desencontros vividos por acadêmicos e acadêmicas indígenas da LIEBI ao longo de seus processos formativos no âmbito do ensino superior. A formação acadêmica tem sido buscada pelos indígenas do país inteiro como instrumento de fortalecimento de seus movimentos, lutas e demandas. Para a realização desta pesquisa segui as trilhas da etnografia nos/dos interstícios (FURTADO, OLIVEIRA e MUNIZ, 2018), uma abordagem metodológica em que o/a pesquisador/a direciona suas investigações aos processos sociais e projetos ético-políticos que integra como sujeito/a partícipe e atuante. Nesse sentido, afirmo nesta tese que as travessias feitas pelos/as indígenas ao longo de sua formação na Licenciatura Intercultural Indígena da UEMA expressam as (im)possibilidades da interculturalidade. Das (in)compatibilidades entre as epistemologias de si e a epistemologia do mundo acadêmico, os/as indígenas passaram a tecer “arranjos gnosiológicos” (COLEHO e MUNIZ, 2020) ao se apropriarem das categorias e conceitos ocidentais, pelos quais tem sido possível superar colisões epistêmicas - um mal estar com os termos e a burocracia acadêmica – e vislumbrar coalizões epistêmicas, alianças entre matrizes de conhecimento distintas, presentes nas produções intelectuais dos indígenas e com a quais podem lutar e resistir aos equívocos etnocêntricos sobre suas vidas e seus projetos de futuro, portanto resistir ao epistemicídio e às forças da colonialidade.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1828136 - ANA CAROLINE AMORIM OLIVEIRA
Externo à Instituição - DAVID JUNIOR DE SOUZA SILVA - UNIFAP
Presidente - 406625 - ELIZABETH MARIA BESERRA COELHO
Externo à Instituição - MARIVANIA LEONOR FURTADO FERREIRA - UEMA
Externo ao Programa - 1804128 - MONICA RIBEIRO MORAES DE ALMEIDA

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