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Banca de DEFESA: CAROLINE LIEBL

2018-02-28 16:17:40.516

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAROLINE LIEBL
DATA: 08/03/2018
HORA: 15:30
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS/CCSO
TÍTULO: VIOLÊNCIAS NO BRASIL: os perfis ocultos de encarcerados e vítimas de mortes violentas.
PALAVRAS-CHAVES: Violências. Mortes violentas. Encarceramento. Vulnerabilidades. Metodologia bourdieusiana.
PÁGINAS: 183
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
RESUMO: O Brasil figura entre as quatro maiores populações carcerárias mundiais, e em seu território são mortas violentamente mais pessoas que em locais com guerras civis declaradas. Nesse contexto, a partir da temática das violências, compreendidas em suas múltiplas formas de manifestações, os perfis dos encarcerados e das vítimas de mortes violentas no Brasil se mostram um relevante objeto de estudo. As variáveis eleitas para análise de tais perfis são faixa etária, raça, gênero e grau de escolaridade, e o recorte temporal compreende os anos de 2002 a 2016. A principal fonte de dados quanto às características das vítimas de mortes violentas é o Subsistema de Informação sobre Mortalidade, e quanto aos encarcerados são os Relatórios do InfoPen e os Mapas da Violência, realizando-se estudo comparativo quanto aos dados coletados, além de pesquisas bibliográficas e documentais. Adotando-se a metodologia reflexiva de Pierre Bourdieu, objetiva-se analisar os referidos perfis e comprovar se há equivalência entre eles, discutir as razões das vulnerabilidades conforme as variáveis, demonstrar se há seletividade velada, e discutir as variadas formas de violências que perpassam o objeto de estudo, bem como a parcela de violência legitimada ao Estado no contexto punitivo. Dos resultados obtidos, observa-se que o perfil majoritário tanto de encarcerados quanto de vítimas de mortes violentas é equivalente e composto por homens, negros, jovens e de baixa escolaridade, refletindo a socialização performativa masculina com expectativas de habitus violentos, a herança da escravidão e o racismo no Brasil, a dificuldade em atingir alto grau de escolaridade em uma coletividade dividida por estratos de grande diferenciação e distanciamento entre si, e os obstáculos a que jovens estão submetidos pela insuficiência de capitais próprios para melhor se posicionarem nos campos e efetivamente estruturá-los. Constata-se que tais grupos são mais vulneráveis às violências físicas, estruturais e simbólicas, sendo atingidos pela seletividade do sistema penal, o que leva à conclusão de uma crise de legitimidade do exercício do poder punitivo.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2288554 - CASSIUS GUIMARAES CHAI
Presidente - 407593 - CLAUDIA MARIA DA COSTA GONCALVES
Interno - 044.919.203-20 - SALVIANA DE MARIA PASTOR SANTOS SOUSA - UFMA

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