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Banca de QUALIFICAÇÃO: LUANA TEREZA DE BARROS VIEIRA ROCHA

2019-01-30 11:31:32.712

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUANA TEREZA DE BARROS VIEIRA ROCHA
DATA: 14/02/2019
HORA: 09:00
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS
TÍTULO: AS INTERFACES DE UM BAILADO, O GUARNICÊ TRILHADO: o Bumba-meu-Boi como constituição de uma identidade cultural nos anos 1990 no Maranhão
PALAVRAS-CHAVES: Bumba-meu-boi. Cultura. Culturas Populares. Identidade. Ideologia.
PÁGINAS: 179
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
RESUMO: Análise da Cultura e Cultura Popular nos anos 1990 no Maranhão como elementos constitutivos e contraditórios da identidade do “ser maranhense”, período em que Roseana Sarney atuou como governadora do Estado (1995 a 2002). Procurei compreender que os processos constitutivos da identidade além da relação histórica e dialética com os seguimentos sociais distintos expressam também uma natureza ideológica. Esses elementos fundamentam o cotidiano dos distintos sujeitos divididos entre classe e etnia. Com efeito, os que exercem o poder e, por conseguinte, legitimam as formas de dominação, exploração e humilhação apresentam, em distintos momentos temporais, discursos interpelativos e qualificadores destinados à configuração do modo de ser e agir de homens e mulheres trabalhadores e subalternos, os quais líderes, representantes e brincantes de grupos de bumba-meu-boi pertencem. Essas formas ideológicas incorporaram concepções distintas na história vistas no papel da Igreja, do Estado, dos intelectuais. Assim, é possível considerar que a condição humana vivida pelos indígenas, negros e o próprio homem branco, sujeitos constituidores do bumba- meu-boi, chegando até os anos 90, compõe uma trilha de situações discriminatórias, hierarquizantes que refletem no modo como a Cultura atua numa dada circunstância temporal. No governo Roseana, sob a égide do capital transnacional expresso em medidas neoliberais, o bumba-meu-boi assumiu uma nova funcionalidade na história que decorreu de um longo processo em todo o século XX: a de identidade maranhense. Nesse ínterim, proximidades com dirigentes políticos, atuação maciça dos veículos midiáticos e intelectuais, o incremento diversificado do mercado de entretenimento aprofundaram novas formas de interpelação e qualificação ideológica. Assim, são construídas formas de assimilação para maior apreensão desses ideais de dominação vistos nas relações entre brincante e estado, nas confecções das vestimentas, nas apresentações locais, nacionais e internacionais, nas coreografias ou performances; por outro lado, aguçaram mecanismos de resistências a possíveis efeitos nefastos do modo de produção capitalista expressos na crítica pelo desinteresse da juventude, na negociação com instâncias mercadológicas e políticas quanto a não aceitação a certas propostas, nas festividades junto às comunidades, na criação de projetos a envolver novas gerações, dentre outros aspectos que denominam a continuação dessa manifestação a desvelar um universo de convivência, solidariedade, ensinamento e conhecimento.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1349324 - ILSE GOMES SILVA
Externo ao Programa - 407347 - CARLOS BENEDITO RODRIGUES DA SILVA
Externo ao Programa - 1735125 - GUILLERMO ALFREDO JONHSON

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