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Banca de DEFESA: ANDREIA MONTEIRO CARVALHO

2022-08-28 22:38:44.256

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDREIA MONTEIRO CARVALHO
DATA: 29/08/2022
HORA: 14:30
LOCAL: PPGE online via Google Meet
TÍTULO: Vestir-se pela e para a escola: representações da obrigatoriedade do uso do uniforme escolar no Liceu Maranhense (1894-1909)
PALAVRAS-CHAVES: História da Educação; Liceu Maranhense; cultura material escolar; uniforme escolar.
PÁGINAS: 159
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Fundamentos da Educação
ESPECIALIDADE: História da Educação
RESUMO: Este estudo é produto do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Maranhão na linha História, Políticas Educacionais, Trabalho e Formação Humana e das investigações realizadas no Núcleo de Estudos em História da Documentação e das Práticas Leitoras — NEDHEL, o qual foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA. Objetiva-se compreender as diferentes formas de representações da obrigatoriedade do uniforme escolar no Liceu Maranhense (de 1894 a 1909) para os sujeitos que se relacionam com o funcionamento da escola: alunos e responsáveis, professores e Estado durante a Primeira República, uma vez que, nossa problemática radica em avaliarmos em medida essas representações registradas pelos jornais Pacotilha (1880-1939) e Diário do Maranhão (1855- 1911) podem ter influenciado nos processos de produção, indicação, aprovação, distribuição e uso dessa indumentária. Operacionaliza-se a pesquisa em três etapas: localizam-se os discursos ao respeito para examinar-se os recursos tipográficos e elementos argumentativos utilizados em cada notícia; identificam-se os sujeitos que produziram estes registros e os grupos sociais que são citados para entendermos as representações de como cada sujeito/grupo se relaciona com a imposição do uniforme escolar a partir do lugar social de pertença; analisam-se as representações do Liceu e as suas expectativas, tendo em conta o significado da formação para cada indivíduo/grupo, as condições de funcionamento da instituição e suas implicações na adoção ou negação desse artefato. Caracteriza-se a pesquisa como bibliográfica e documental, auxiliando-nos em autores que abordam a cultura escolar, a cultura material escolar e a indumentária escolar; além de documentos oficiais, como os Relatórios e Mensagens dos Presidentes de Província, governadores e vice-governadores, os Relatórios dos Inspetores da Instrução Pública, as Leis e decretos sobre a instrução pública republicana, os Regulamentos do Liceu Maranhense. Apoia-se a análise e o tratamento das fontes nos pressupostos teórico-metodológicos da História Cultural, que preveem o estudo da história dos objetos na sua materialidade, da história das práticas nas suas diferenças e, por último, a história das configurações sociais e culturais, as mudanças nas estruturas psíquicas e as armaduras conceituais vigentes analisadas nas suas variações históricas; eixos de análise que direcionam para as representações, práticas e a apropriação dos sujeitos que vivenciaram a implantação do uniforme na instrução secundária durante a Primeira República Maranhense. Esta pesquisa contribui com a História da Educação no Brasil e com a História da Educação Maranhense, ao considerarmos as diferentes representações em interação sobre o uniforme, desde aquelas que o idealizaram como cultura material da escola até as que caracterizam seu uso; apropriação dessa indumentária escolar vista em diferentes práticas de alunos, professores, diretores e imprensa que influenciaram na organização do Liceu Maranhense, em função das petições de alteração do valor da matrícula e dos requerimentos de dispensa, assim como das denúncias, críticas e imposições via decretos e regulamentos. Por outro lado, assinalamos como a sua obrigatoriedade se refletiu em anos posteriores e apontamos para a variação dos sentidos de seu uso de acordo com quem se apropria ou lida com a imposição; aspectos estes que foram identificados ao detalharmos a materialidade do artefato, identificando os sujeitos e a diferenciação das práticas, assim como a sociedade maranhense republicana colocada em pauta para entender em que circunstâncias esse objeto da cultura material da escola se manifestara numa cultura escolar específica e local.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2153937 - FRANCISCA DAS CHAGAS SILVA LIMA
Presidente - 1781306 - SAMUEL LUIS VELAZQUEZ CASTELLANOS
Externo à Instituição - VERA LUCIA GASPAR DA SILVA - UDESC

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