Banca de DEFESA: PÂMELA RUTH SANTOS VIANA
2023-01-23 15:10:07.764
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PÂMELA RUTH SANTOS VIANA
DATA: 31/01/2023
HORA: 10:00
LOCAL: GOOGLE MEET
TÍTULO: Análise parasitológica e microbiológica de alface (Lactuca Sativa L.) comercializados
em São Luís, Maranhão.
PALAVRAS-CHAVES: Doenças Transmitidas por Alimentos; Infecções por Escherichia coli;
Parasitos; Segurança alimentar; Verduras.
PÁGINAS: 28
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Biotecnologia
RESUMO: A alface (Lactuca sativa Linn) é a hortaliça folhosa mais consumida no mundo. E com isso há
uma crescente preocupação com a qualidade sanitária desse alimento, pois esse vegetal pode
ser contaminado por enterobactérias patogênicas e parasitas oriundos da sua produção,
manipulação e forma de exposição na venda. Considerando esses aspectos, o presente
trabalho teve como objetivo analisar as formas parasitárias, coliformes totais e
termotolerantes e outras enterobactérias em alfaces comercializadas em mercados de grande
porte na cidade de São Luís, Maranhão. O presente trabalho é um estudo epidemiológico
transversal com abordagem quantitativa. As amostras de alfaces foram coletadas no período
matutino, de vendedores de seis mercados municipais, classificado como A, B, C, D, E e F. A
unidade amostral foi o pé da alface de variedade crespa com o sistema de cultivo tradicional.
As amostras coletadas foram identificadas, acondicionadas, e posteriormente processadas.
Para avaliação parasitológica e visualização de ovos e larvas de helmintos e cistos de
protozoários foram utilizadas três metodologias distintas (Baermann-Moraes, Hoffman, Pons
e Janer e Faust). A quantificação de coliformes totais e termotolerantes foram realizadas pelo
teste dos tubos múltiplos, e o resultado foi quantificado em Número Mais Provável (NMP/g).
Para a identificação das enterobactérias foi utilizado o Enterokit B®. Das 60 amostras
coletadas, 88,33% apresentaram contaminação parasitológica. Os protozoários encontrados
foram: Balantidium coli (85%), Giardia lamblia (30%), Entamoeba coli (18,33%), Endolimax
nana (8,33%) e Blastocystis hominis (3,33%) e os helmintos, Ancilostomídeos (43,33%),
Hymenolepis nana (35%), Strongyloides stercoralis (26,66%), Toxocara canis (11,66%),
Dipilidium caninum (10%), Ascaris lumbricoides (5%), Fascíola hepática (3,33%) e Taenia
sp. (1,66%). Todas as amostras de alfaces apresentaram coliformes totais e termotolerantes, e
destas 48,33% estavam impróprias para consumo segundo a RDC No12/01 da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Cerca de 20,00% das amostras apresentaram
contaminação por Escherichia coli, que é um importante indicador microbiológico de
contaminação fecal. Os dados obtidos do presente estudo demonstram a ocorrência dos
contaminantes presentes em alfaces comercializadas na região, e recomenda-se a realização
de ações corretivas da ANVISA, direcionadas aos feirantes e produtores desse alimento, para
esclarecimento sobre a necessidade da melhoria das condições de cultivo, exposição e
comercialização desse alimento. E com isso prevenir a população de casos de infecções
gastrointestinais causadas pela ingestão de hortaliça contaminada.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 407545 - ADENILDE NASCIMENTO MOUCHREK
Externo à Instituição - MARCIO ANDERSON SOUSA NUNES - UNICEUMA
Externo à Instituição - PRISCILA SOARES SABBADINI - UNICEUMA
Presidente - 033.742.293-10 - WELLYSON DA CUNHA ARAÚJO FIRMO