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Banca de QUALIFICAÇÃO: CINTHIA NARA GADELHA TEIXEIRA

2020-11-09 12:10:35.154

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CINTHIA NARA GADELHA TEIXEIRA
DATA: 12/11/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Sala virtual do PPGO UFMA
TÍTULO: ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE BUCAL POR QUILOMBOLAS NO MARANHÃO, BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Acesso aos Serviços de Saúde, Serviços de Saúde Bucal, Grupo com Ancestrais do Continente Africano.
PÁGINAS: 153
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO: O acesso aos serviços de saúde bucal no Brasil é excludente, sendo determinado por inúmeros fatores que norteiam a vida dos indivíduos. Mensurar quais são estes fatores e avaliar como se dá o acesso aos serviços de saúde bucal no Brasil, sob a ótica de populações vulneráveis, ainda é uma lacuna na literatura. Esta tese objetivou avaliar as variáveis associadas com a frequência de utilização dos serviços de saúde bucal no Brasil (Capítulo I) e o acesso aos serviços de saúde bucal da Atenção Primária à Saúde (APS) por quilombolas do Maranhão, Brasil (Capítulo II). O Capítulo I foi um estudo de revisão sistemática, com metanálise, sendo incluídas na busca as bases de dados PubMed, SciELO, LILACS, BBO, EMBASE, Scopus, WOS e Google Scholar, além de listas de referências e sites de dissertações e teses. Os estudos observacionais foram selecionados usando a estratégia PEO (População/Exposição/Desfechos). O desfecho deste estudo foi a frequência de utilização dos serviços de saúde bucal, caracterizado por ao menos uma visita ao dentista no último ano (≤1ano). Foi realizada uma metanálise de efeito randômico de Mantel-Haenszel, tendo a Razão de Prevalência (RP) e o intervalo de confiança de 95% como medidas de associação. No Capítulo II foi realizado um estudo transversal, de base populacional, no quilombo Santa Rosa dos Pretos, em Itapecuru Mirim, no estado do Maranhão. Foram incluídos os usuários adultos, que residiam há pelo menos 12 meses no domicílio, sendo excluídos os indivíduos ausentes do domicílio por 6 ou mais meses, os empregados no domicílio, além daqueles que não tiveram condições de saúde para responder os questionários. Os dados foram coletados por pesquisadores previamente treinados, por meio de questionários estruturados. Os questionários captaram informações sociodemográficas; socioeconômicas; de autopercepção à saúde bucal; discriminação; além da avaliação da saúde bucal na APS, através do Primary Care Assessment Tool – Oral Health of Adults (PCATool-OH). Foram utilizados três atributos do PCATool-OH: afiliação; acesso de primeiro contato-utilização; acesso de primeiro contato-acessibilidade; além do escore acesso. Utilizou-se o ponto de corte >5,5 para escores altos do acesso aos serviços de saúde bucal da APS. A associação entre as médias dos escores em relação às variáveis independentes foi avaliada por meio dos testes Mann-Whitney ou Kruskal-Wallis. Na análise multivariada foi utilizada a Regressão de Poisson. As análises foram realizadas adotando 95% de confiança e nível de significância de 5%. No artigo I foram selecionados 94 estudos, sendo 25 agregados na metanálise. A utilização dos serviços de saúde bucal no último ano esteve associada como proteção para maior escolaridade (RP=0,49, IC de 95%: [0,39 a 0,60]); maior renda familiar (RP=0,79, IC de 95%: [0,74 a 0,84]); e a localização do domicílio em área urbana (RP=0,79, IC de 95%: [0,64 a 0,97]). No artigo II participaram do estudo 293 indivíduos, sendo a média dos escore acesso 3,93±1,37. Houve associação entre a autopercepção de saúde bucal com os atributos afiliação (p=0,049), acesso de primeiro contato (utilização) (p=0,014), e com o acesso (p=0,002). Também foi observada associação entre a renda mensal familiar e o acesso de primeiro contato (acessibilidade) (p=0,012). No artigo I foi possível concluir que o acesso aos serviços de saúde bucal no Brasil é desigual e injusto, sendo restrito aos grupos mais favorecidos socioeconomicamente. No artigo II foi possível concluir que a avaliação dos serviços de saúde bucal da APS pelos quilombolas foi ruim, sendo necessário o fortalecimento deste serviço, com foco nas populações vulneráveis.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 407658 - CLAUDIA MARIA COELHO ALVES
Interno - 1651131 - ERIKA BARBARA ABREU FONSECA THOMAZ

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