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Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA GRAZIELA ARAUJO RIBEIRO

2020-11-18 16:47:34.329

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA GRAZIELA ARAUJO RIBEIRO
DATA: 19/11/2020
HORA: 08:30
LOCAL: Sala virtual do PPGO UFMA
TÍTULO: ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE BUCAL NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE COM ÊNFASE NO CÂNCER DE BOCA
PALAVRAS-CHAVES: Acesso aos Serviços de Saúde. Qualidade, Acesso e Avaliação da Assistência à Saúde. Serviços de Saúde Bucal. Neoplasias Bucais. Mortalidade.
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO: Background: Apesar da expressiva ampliação dos serviços de saúde bucal nos últimos anos e a instituição de processos avaliativos a fim de qualificar as ações de saúde no Brasil, obstáculos no acesso aos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) e atenção especializada em saúde bucal ainda são percebidos. Objetivo: Identificar possíveis mudanças nos indicadores de estrutura dos serviços de saúde e o processo de trabalho das equipes de APS ao longo do tempo (Capítulo I), e analisar a distribuição espacial da oferta de serviços especializados de atenção ao câncer de boca (CB) e a sua correlação espacial com as taxas de mortalidade por CB (Capítulo II). Metodologia: O Capítulo I utilizou a análise de transição de classes latentes para avaliar dois cortes transversais da avaliação externa do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQAB) (Ciclo I: 2011-2012) e (Ciclo II: 2013-2014) por meio de oito indicadores de estrutura e processo de trabalho das equipes de saúde bucal (eSB) e elaboração de mapas coropléticos para descrever a distribuição dos padrões de transição latente para as Unidades Federativas (UF). No Capítulo II foi realizado um estudo observacional, transversal e ecológico, de abrangência nacional, que investigou a correlação espacial entre oferta de serviços para diagnóstico do CB e a mortalidade por CB entre os anos de 2014 e 2019, utilizando dados do primeiro ciclo da avaliação externa do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade dos Centros de Especialidades Odontológicos (PMAQCEO) realizado em 2014. Foram confeccionados mapas coropléticos e realizada análise de Moran Local (alpha=5%). Resultados: No artigo I identificou-se que proporção de Unidades de Saúde (US) que possuíam um ou mais cirurgião-dentista, consultório odontológico e funcionavam em horário mínimo aumentou de 65,56% para 67,13 entre os ciclos do PMAQ-AB. O número de eSB que realizavam agendamento todos os dias da semana aumentou 8,7% e as que faziam visita domiciliar variou de 44.51% para 52.88% (aumento de 18,8%). Porém, houve redução do número de equipes que referiram garantir agenda para o acolhimento da demanda espontânea, variando de 62,41% para 60,11% e na continuidade do tratamento, variando de 63,41% para 61,11%. A distribuição espacial dos padrões de transição latente indica que a estrutura das US se manteve majoritariamente com o status “melhor completude” em ambos os ciclos em todos as UF. Na região Norte estão as UF com o maior percentual de melhora entre os ciclos, porém, na mesma região, o Pará, Amazonas e Acre apresentaram o maior percentual de US que se mantiveram pior ou que pioraram de um ciclo para o outro. No artigo II, verificou-se que 82,26% dos CEO brasileiros realizavam biópsia e 79,14% conseguiam realizá-la em até 15 dias, 76,02% possuíam referência para realização do exame histopatológico e 57,43% recebiam o laudo em até 30 dias. Apenas 46,88% dos CEO realizavam registro dos casos de CB e 80% possuíam referência para o tratamento, havendo oferta de serviços para diagnóstico do CB em 33% dos CEO. Identificou-se um padrão na formação de clusters entre a oferta de serviços e a mortalidade por CB entre os anos avaliados. Clusters do tipo “baixo-baixo” e “alto-baixo” (p<0,05) foram os mais encontrados, principalmente nas áreas Centro-Norte e Noroeste do país, onde identificamos formação de clusters para todos os anos avaliados. Conclusão: Foram identificadas mudanças positivas nos indicadores de acesso aos serviços de saúde bucal da APS, ampliando a capacidade de uso dos serviços de saúde bucal, ou seja, o acesso potencial. Contudo, alguns atributos do acesso permanecem insatisfatórios, persistindo barreiras organizacionais. Em relação à atenção especializada ao CB nos CEO do Brasil, fragilidades ainda podem ser percebidas. Apesar de sua etiologia multifatorial, a oferta limitada de ações especializadas para o diagnóstico e detecção da doença pode estar influenciando as taxas de mortalidade.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 407658 - CLAUDIA MARIA COELHO ALVES
Presidente - 1651131 - ERIKA BARBARA ABREU FONSECA THOMAZ

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