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Banca de QUALIFICAÇÃO: CHRISTYANN LIMA CAMPOS BATISTA

2022-06-07 14:48:37.167

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CHRISTYANN LIMA CAMPOS BATISTA
DATA: 15/06/2022
HORA: 14:30
LOCAL: Sala de Aula do PPGO
TÍTULO: ESTUDO SOBRE O IMPACTO DA ANQUILOGLOSSIA SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DO ALEITAMENTO MATERNO EM LACTENTES NOS PRIMEIROS MESES DE VIDA
PALAVRAS-CHAVES: Anquiloglossia. Aleitamento Materno. Desmame. Insuficiência de Crescimento. Autoeficácia. Dor.
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO: Contexto: A anquiloglossia, conhecida popularmente como língua presa, é uma alteração congênita que limita os movimentos funcionais da língua. A prevalência pode chegar em até 8% dos lactentes menores de 1 ano. Entre os impactos causados pela alteração podem-se destacar os problemas na alimentação, na fala, habilidades sociais e na saúde bucal. Ao longo dos últimos anos, pesquisadores têm se debruçado em analisar os impactos desta alteração no aleitamento materno, uma prática de alimentação que promove melhora da saúde das populações. Durante o aleitamento materno, têm sido reportadas alterações que podem causar dor, problemas de crescimento e até desmame precoce. Esta pesquisa analisou dados de uma coorte prospectiva investigando os impactos das anquiloglossia na amamentação. Objetivos: analisar o impacto da anquiloglossia na continuidade do aleitamento materno exclusivo e na evolução do crescimento de lactentes saudáveis (Capítulo I) e analisar os aspectos funcionais do aleitamento materno como a pega, autoeficácia e dor ao amamentar em recém-nascidos com anquiloglossia severa em comparação com bebês com alteração leve (Capítulo II). Métodos: Estudo prospectivo realizado em um hospital especializado, que acompanhou lactentes e suas mães nos seis primeiros meses de vida. Foram coletados dados sobre o tempo de aleitamento e medidas de crescimento como peso, comprimento e perímetro cefálico. Foram realizadas avaliações da qualidade do aleitamento, levantamento da percepção de dor materna e de autoeficácia de amamentação. Análises de regressão e de sobrevida foram utilizadas para medir o impacto da alteração nos indicadores avaliados. Resultados: A anquiloglossia esteve associada com o desmame antes do sexto mês de vida. Após análise ajustada, foi detectado maior risco de desmame nos bebês com a alteração presente (p<0,001, OR 4,49 [2,29-8,80]). O tempo de aleitamento nas crianças com anquiloglossia foi menor quando comparadas às crianças sem alteração (log-rank p<0,001). Não foram encontradas diferenças significantes nas medidas de crescimento dos bebês acompanhados quando comparados entre si. Foi detectada uma associação significante no aspecto de sucção avaliado pelo BOF-UNICEF [β = 0,22(95% IC 0,07-0,73), p-valor 0,013]. Entretanto, os grupos não diferiram na avaliação realizada pela escala LATCH e na autoeficácia do aleitamento (p>0,05). Os escores de dor também não diferiram entre os grupos estudados. Conclusão: A anquiloglossia neonatal diminuiu o tempo do aleitamento exclusivo, mas não influenciou o crescimento dos bebês até os 6 meses de idade. Na análise sobre a severidade da alteração, observou-se que os lactentes com anquiloglossia severa podem ter dificuldades no aspecto isolado de sucção, porém essa alteração não parece afetar a qualidade do aleitamento e nem piorar a percepção de dor materna em comparação com bebês com alteração leve.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1692624 - ALEX LUIZ POZZOBON PEREIRA
Externo ao Programa - 2044959 - ANA MARGARIDA MELO NUNES
Externo à Instituição - MONIQUE KELLY DUARTE LOPES - UNICEUMA

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