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Banca de QUALIFICAÇÃO: POLIANA SOARES DE OLIVEIRA

2019-06-07 09:41:10.705

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: POLIANA SOARES DE OLIVEIRA
DATA: 11/06/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Programa de Pós-Graduação de Saúde Coletiva
TÍTULO: Vivências de pais de crianças nascidas com microcefalia no contexto da epidemia do vírus zika.
PALAVRAS-CHAVES: Vírus Zika. Microcefalia. Experiências. Pais. Família
PÁGINAS: 164
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: INTRODUÇÃO: No Brasil, em 2015, ocorreu uma epidemia de microcefalia que foi associada a infecção materna pelo vírus Zika, durante a gestação. As notícias acerca destes casos de microcefalia angustiaram e modificaram o imaginário de pais e mães com relação as expectativas para a chegada do filho. Portanto, o objetivo desta pesquisa foi analisar as vivências de pais de crianças nascidas com microcefalia no contexto da epidemia do vírus Zika. MÉTODO: Trata-se de um estudo qualitativo, realizado no Centro de Referência Estadual em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças (NINAR), em São Luís, no período de abril/2017 a fevereiro/2018. Participaram do estudo os responsáveis de crianças com microcefalia. As técnicas de coleta de dados foram entrevistas estruturadas e semi-estruturadas com 3 casais, 16 mães e uma bisavó, totalizando 20 entrevistas. A amostra foi definida pelo critério de saturação e realizada análise de conteúdo na modalidade temática. RESULTADOS: Para a maioria dos entrevistados, a forma da comunicação foi inadequada e traumática, algumas vezes, atrelada ao sentido de “fim da vida” e dissociada de orientações sobre as formas de enfrentar a situação e cuidar do filho. A principais reações e sentimentos, no momento da comunicação do diagnóstico, foram de choque, surpresa, desespero, terror, choro, medo, tristeza, sofrimento, revolta e decepção. As expectativas envolveram preocupações, principalmente com o desenvolvimento motor da criança. A busca pelo cuidado nos setores de saúde, predominou no profissional, seguido pelo informal e popular. As informações veiculadas na mídia e redes sociais (setor informal), contribuíram para esclarecer a doença e na busca por tratamento. Quanto a rede de apoio, as mães referiram ocorrer, principalmente, através do companheiro, família, amigos, vizinho e redes sociais virtuais, em especial WhatsApp. CONCLUSÃO: As formas de comunicações do diagnóstico da microcefalia aos familiares influenciaram nos modos de aceitação e enfrentamento da situação. As reações e sentimentos evidenciaram a elaboração de um processo de luto. O itinerário terapêutico entre o diagnóstico e o tratamento, foi árduo e marcado por peregrinação. As redes de apoio informais ocuparam lugar de destaque frente a rede de apoio formal, fragilizando a atuação governamental e os programas implantados pelo mesmo para enfrentamento da epidemia do vírus Zika e suas comorbidades.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 927.413.047-34 - RUTH HELENA DE SOUZA BRITTO FERREIRA DE CARVALHO - UERJ
Interno - 7549183 - VANDA MARIA FERREIRA SIMOES
Presidente - 6551413 - ZENI CARVALHO LAMY

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