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Banca de QUALIFICAÇÃO: EDUARDA GOMES BOGEA

2019-06-17 10:29:05.347

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EDUARDA GOMES BOGEA
DATA: 19/06/2019
HORA: 08:00
LOCAL: Programa de Pós-Graduação de Saúde Coletiva
TÍTULO: VALIDADE RELATIVA DE UM QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA ALIMENTAR E INDICADORES DE INFLAMAÇÃO SUBCLÍNICA EM ADOLESCENTES
PALAVRAS-CHAVES: Consumo alimentar. Estudos de Validação. Adolescente. Estado Nutricional. Inflamação
PÁGINAS: 191
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: RESUMO: O comportamento alimentar representa um dos principais componentes do estilo de vida a favorecer o desenvolvimento da obesidade e suas comorbidades e disfunções metabólicas importantes que desencadeiam o processo inflamatório. No primeiro artigo desta tese objetivou-se identificar os principais padrões alimentares de adolescentes e verificar associação com biomarcadores inflamatórios. Tratou-se de estudo transversal com 391 adolescentes de 17/18 anos de escolas públicas em São Luís-MA. Foram construídas variáveis latentes “Condições Socioeconômicas” (SES) e “Inflamação” (INFLAM), constituída pelos biomarcadores interleucina-1β, interleucina-6 e interleucina-8. Padrões alimentares foram identificados por análise fatorial por componentes principais. Foi utilizada modelagem de equações estruturais para avaliar fatores associados aos biomarcadores inflamatórios. Foram extraídos três padrões alimentares (ocidental, básico brasileiro e saudável). Não foi encontrada associação da INFLAM com padrões alimentares. A INFLAM foi positivamente associada com excesso de peso, com coeficientes padronizados de 0,281 (p=0,002). O segundo artigo da tese teve como objetivo avaliar a validade do Questionário de Frequência Alimentar (QFA) utilizado na Coorte RPS para avaliar consumo alimentar de adolescentes em São Luís-MA. Estudo desenvolvido com 152 adolescentes com 17 e 18 anos de idade. Para a validação do QFA, utilizou-se a média de três recordatório de 24 horas (R24h) como método de referência. Para verificar diferenças entre os instrumentos foi aplicado o teste t-Student pareado. Para medir concordância foram calculados coeficientes de correlação de Pearson, coeficiente de correlação intraclasse (CCI), Kappa ponderado e gráficos de Bland-Altman. Adotou-se nível de significância <5%. Quando comparado com o R24h, o QFA avaliado superestimou o consumo da maioria dos nutrientes. Os coeficientes de correlação de Pearson após ajuste para consumo de energia e deatenuação variaram de 0,06-0,43 e, apesar da fraca/moderada correlação, foram significativos para os nutrientes ferro, cálcio, riboflavina, sódio, gordura saturada, niacina e vitamina C. Os CCIs ajustados e deatenuados variaram de 0,01-0,31 e o kappa ponderado das variáveis ajustadas para energia variaram de 0,01-0,46. As análises de concordâncias foram significantes para a Vitamina C, fibra, cálcio, riboflavina, niacina e sódio, lipídeos e ferro. Este QFA apresentou validade relativa aceitável para os nutrientes lipídeos, ácidos graxos saturados, fibras, cálcio, ferro, riboflavina, niacina, vitamina C e sódio. Desta forma, tal instrumento será útil em estudos sobre consumo alimentar de adolescentes de São Luís, Maranhão. O terceiro artigo desta tese teve como objetivo identificar os padrões alimentares dos adolescentes e avaliar os indicadores de inflamação subclínica, por meio um estudo transversal alinhado à coorte RPS, com os dados São Luís-MA. Foram avaliados 511 adolescentes de 18 e 19 anos. Os padrões alimentares foram identificados por análise fatorial por componentes principais. Para avaliação do estado nutricional utilizou-se Índice de Massa Corporal e percentual de gordura corporal, avaliado pelo método de pletismografia por deslocamento de ar. Foi feita modelagem hierarquizada por meio de Regressão de Linear para estimar o coeficiente Beta (β) das variáveis independentes com as variáveis dependentes, a Interleucina-6 e a PCR. Cinco padrões alimentares foram identificados: denso em energia, bebidas açucaradas e cereais matinais, prudente, comum brasileiro e bebidas alcoólicas e energéticas. A inflamação subclínica avaliada por meio da IL-6 apontou associação direta do padrão “prudente” (β=-0,11; p valor = 0,040) como fator de proteção. Os PAs “comum brasileiro” e “bebidas alcóolicas e energéticas” foram indiretamente associados ao aumento da IL-6, mediados pelo estado nutricional. Os níveis de PCR foram diretamente associados com IMC (β = 0,36; p valor = <0,001) e %GC (β= 0,02; p valor = 0,014). A inflamação subclínica foi associada com estado nutricional e com PA prudente, em que os adolescentes com maiores IMC e %GC tiveram maiores concentrações de PCR e aqueles com maior aderência ao PA saudável tiveram menores concentrações de IL-6, sendo então um protetor da inflamação subclínica.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2438568 - ANA KARINA TEIXEIRA DA CUNHA FRANCA
Externo ao Programa - 2231714 - JOELMA XIMENES PRADO TEIXEIRA
Externo ao Programa - 2433740 - SUELI ISMAEL OLIVEIRA DA CONCEICAO
Co-orientador - 407209 - ANTONIO AUGUSTO MOURA DA SILVA

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