PPGCS/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELAINE MENDES GONCALVES
DATA: 28/03/2014
HORA: 08:30
LOCAL: SALA 1 - PPGCS
TÍTULO: EFEITO DAS SEMENTES DE Linum usitatissimum L. var. humile (Mill.) Pers. (LINHAÇA MARROM) NO APARELHO REPRODUTOR DE RATAS OVARIECTOMIZADAS
PALAVRAS-CHAVES: Linum usitatissimum L., ovariectomia, aparelho reprodutor
PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Farmacologia
RESUMO: A terapia de reposição hormonal (TRH) é a forma mais eficaz para o tratamento das condições relacionadas com a pós-menopausa, entretanto está relacionada à presença de efeitos indesejáveis, como câncer mamário e complicações tromboembólicas. Diante desta situação, tem-se buscado alternativas mais seguras para o tratamento dos sintomas advindos da menopausa, como o uso de fitoestrógenos. As sementes de Linum usitatissimum L. (linhaça) são ricas em um precursor de lignana, o secoisolariciresinol diglicosídeo (SDG) que é convertido no intestino em enterodiol e enterolactona, substâncias que se assemelham estruturalmente ao estrogênio. Este trabalho objetiva avaliar o efeito do extrato hidroalcoólico das sementes de L. usitatissimum no aparelho reprodutor de ratas Wistar ovariectomizadas. As sementes foram turbolizadas e remaceradas três vezes em etanol 70% na proporção 1:3 (v/v), por 24 horas, para a obtenção do extrato. Foram utilizadas ratas adultas (80 dias) da espécie Rattus norvegicus, distribuídos em 6 grupos (n=5-6): falso operado (FO), administrado água destilada/cremofor a 3% (0,1 mL/ 100g); ovariectomizado (OVR), administrado água destilada/cremofor a 3% (0,1 mL/ 100g); benzoato de estradiol (BE), ovariectomizado tratado com benzoato de estradiol na dose de 10 µg /kg e outros três grupos ovariectomizados tratados com o extrato de L. usitatissimum nas doses de 100mg/kg (LIN100), 250 mg/kg (LIN250) ou 500 mg/kg (LIN500). Com exceção do grupo BE, que foi utilizada a via subcutânea, todos os outros foram administrados por via oral. As ratas foram ovariectomizadas e após 21 dias da cirurgia, receberam diariamente os tratamentos, durante dois meses, quando foi avaliado o ciclo estral, peso corporal e consumo alimentar. Ao final deste período, os animais foram anestesiados para coleta do sangue e posterior análises bioquímicas e hormonais, e eutanasiados para a pesagem de órgãos, reatividade uterina e histologia do útero, vagina e mamas. Na análise do ciclo estral, o grupo OVR permaneceu com maior frequência na fase diestro durante os 2 meses. O grupo LIN100 apresentou-se 100% em diestro e o LIN250, 94,5% - 1º mês e 93,5% - 2º mês. Na maior dose testada (LIN500), a linhaça mostrou, no 2º mês de tratamento, 14,3% de pró-estro e 61,9% de diestro. O grupo BE atingiu 100% de estro no 2º mês. A ovariectomia induziu aumento de peso corporal no grupo OVR em relação aos demais grupos, que não se diferiram entre si. O grupo OVR mostrou uma redução no peso uterino de 83,4% em comparação com o grupo FO e os grupos tratados com o extrato não se diferenciaram do OVR. Porém, no grupo BE houve aumento de 80,5% do peso do útero. O peso da gordura intra-abdominal do grupo OVR também aumentou (47,9%) em relação FO. Dentre os grupos tratados com o extrato, somente o grupo LIN500 reduziu a gordura total em 35,5% em comparação ao OVR. Nas análises bioquímicas foi observada somente uma redução no LDL-colesterol (14,1%) no grupo LIN500, em relação ao OVR. Na dosagem hormonal, o grupo OVR apresentou redução de 75,3% no estradiol quando comparado ao FO. A reposição hormonal, no grupo BE, restaurou a concentração de estrógenos, enquanto que nos grupos tratados com o extrato, somente a dose de 500 mg/kg aumentou a concentração de estradiol em 45,4%. Em relação à progesterona, não houve diferença entre os grupos. A reatividade uterina ao carbacol, PGF2α e ocitocina foi diminuída com a ovariectomia e o extrato de L. usitatissimum não alterou este efeito, porém no grupo BE houve reversão dos efeitos da ovariectomia. Na análise histomorfométrica do útero, o grupo LIN500 mostrou um aumento significativo do epitélio luminal do útero em 12,8%, quando comparado ao grupo OVR. Para os outros parâmetros não houve diferenças, assim como na histomorfometria das mamas.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 406469 - BERNARDETE JORGE LEAL SALGADO
Externo ao Programa - 2544893 - RACHEL MELO RIBEIRO