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Banca de DEFESA: ANA KARLLA DOS SANTOS SOUSA

2015-06-23 09:27:46.781

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA KARLLA DOS SANTOS SOUSA
DATA: 30/06/2015
HORA: 14:00
LOCAL: SALA 01 - PPGCS
TÍTULO: Avaliação do tratamento de lesões induzidas pela infecção por Leishmania amazonensis com formulação farmacêutica a base do extrato de Chenopodium ambrosioides L.
PALAVRAS-CHAVES: Leishmania amazonensis, Chenopodium ambrosioides, Controle microbiológico, Pomada, Bioproduto.
PÁGINAS: 136
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Imunologia
RESUMO: Chenopodium ambrosioides é uma das principais plantas utilizadas no tratamento popular de lesões causadas pelo protozoário Leishmania amazonensis. Além disso, estudos elucidam a diversas atividades popularmente conhecidas desta espécie, como uma significativa redução da disseminação da infecção por L. amazonensis em camundongos tratados com extrato hidroalcoólico de C. ambrosioides por via intralesional. Com base no potencial leishmanicida já apresentado pelo extrato hidroalcoólico dessa espécie, avaliamos o tratamento de úlceras leishmanióticas com uma pomada produzida a partir do extrato hidroalcoólico de C. ambrosioides (EHCA). O EHCA foi incorporado á uma base farmacêutica para obtenção da pomada. Antes da realização do experimento in vivo, foram realizados os testes de estabilidade e a avaliação microbiológica da mesma. Testes físico-químicos avaliaram os seguintes parâmetros: estabilidade inicial (separação de fases), pH, características sensoriais. O controle de qualidade microbiológica foi realizado com o EHCA e com pomada de Chenopodium ambrosioides, incluindo: contagem de microrganismos viáveis e patogênicos e coloração de Gram em colônias isoladas. Para o ensaio in vivo, camundongos Balb/c receberam inóculo de 5x105 promastigotas de L. amazonensis na orelha direita. O extrato hidroalcoólico das folhas de C. ambrosioides (EHCA). foi incorporado à uma base farmacêutica para obtenção de uma pomada de C. ambrosioides (CA). Camundongos Balb/c receberam inóculo de 5x105 promastigotas de L. amazonensis na orelha direita. Quatro semanas após a infecção, os animais foram separados em três grupos: Controle (CTRL), que recebeu 100μL da pomada base por 30 dias, Sb+5 que recebeu 28 mg/Kg de Glucantime® (via intraperitoneal) durante 15 dias e CA, tratado com 100μL de pomada de C. ambrosioides por 30 dias. Após 30 dias de tratamento, foram avaliados os seguintes parâmetros: área da lesão, carga parasitária, celularidade dos órgãos linfóides, imunofenotipagem das células do linfonodo cervical, produção de citocinas (séricas e na cultura de células do linfonodo cervical), produção de óxido nítrico (na cultura de células do linfonodo cervical, de forma espontânea ou estimulada com EHCA 250 μg/mL) e foi realizada avaliação histopatológica das lesões. As amostras não apresentaram alterações significantes no pH e a análise microbiológica revelou que tanto o EHCA quanto a pomada C. ambrosioides, não apresentaram em suas culturas a presença micro-organismos patogênicos acima dos limites determinados. Os animais tratados com a pomada de C. ambrosioides, apresentaram redução na área da lesão quando comparados aos demais grupos, porém não foi observada redução significativa na carga parasitária. Foi detectado aumento no peso e número de células no linfonodo, acompanhados da elevada frequência de granulócitos. Este tratamento também induziu maior produção de óxido nítrico. A avaliação histopatológica das lesões revelou maior deposição de colágeno e cicatrização mais avançada, no grupo tratado com a pomada de C. ambrosioides. Adicionalmente foi demonstrado a redução na produção da citocina TNF-α e o aumento na produção da citocina IL-10 no soro. Concluiu-se que a pomada C. ambrosioides apresentou estabilidade física e não apresentou contaminação por microrganismos patogênicos, estando assim dentro das recomendações da ANVISA e da FARMACOPÉIA BRASILEIRA. A pomada de C. ambrosioides apesar de não reduzir a carga parasitária, demonstrou um potencial antiinflamatório, que pode ter contribuído para a redução na área da lesão acompanhada de um acentuado processo cicatrizante.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FERNANDO JOSE BRITO PATRICIO - UES-RJ
Interno - 1556449 - LIVIO MARTINS COSTA JUNIOR
Presidente - 1701663 - LUCILENE AMORIM SILVA
Interno - 2136091 - PAULO VITOR SOEIRO PEREIRA

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