PPGCS/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAIMUNDA SHEYLA CARNEIRO DIAS
DATA: 29/10/2015
HORA: 10:00
LOCAL: Auditório do HUUFMA
TÍTULO: Associação entre estado nutricional e filtração glomerular em afrodescendentes de comunidades quilombolas
PALAVRAS-CHAVES: Estado nutricional. Afrodescendentes. Taxa de filtração glomerular.
PÁGINAS: 44
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: Introdução: No Brasil, as comunidades quilombolas representam um segmento populacional com características de vulnerabilidade social e com escassas informações sistematizadas sobre seu estado de saúde. O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre o estado nutricional e a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) em afrodescendentes de comunidades quilombolas. Métodos: Estudo analítico e transversal, realizado em 32 comunidades remanescentes de quilombos, no município de Alcântara-MA. Os dados antropométricos foram aferidos por nutricionistas treinadas, e incluíram peso, altura e circunferências da cintura (CC) e do quadril (CQ). Para classificação do estado nutricional foram utilizados: índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), relação cintura- quadril (RCQ), relação cintura- estatura (RCEest), índice de conicidade (IC) e tecido adiposo visceral (TAV). A TFG foi estimada a partir da fórmula do CKD-EPI creatinina-cistatina C. O teste Shapiro Wilk foi utilizado para avaliar a normalidade das variáveis quantitativas. Para comparar os indicadores nutricionais segundo sexo foi aplicado o teste qui-quadrado. O teste de Kruskal-Wallis foi utilizado para comparar as médias dos indicadores antropométricos segundo TFG. Resultados: Dos 1.467 afrodescendentes estudados, 88,8% se autorreferiu da cor preta ou parda, 50,3% eram mulheres, 88,6% pertencia às classes econômicas D e E, 60,9% tinha como principal ocupação a lavoura e a pesca, 83,8% vivia sem renda fixa ou percebia até um salário mínimo e 86,0% eram analfabetos ou possuíam, no máximo, o ensino fundamental. A investigação clínica revelou 29,2% de hipertensos, 6,5% de diabéticos e 1,9% com TFG reduzida. A prevalência de excesso de peso foi de 45,6%, segundo o IMC. As mulheres apresentaram maior prevalência de excesso de peso (56,5% vs 34,5%; p<0,001) e obesidade abdominal, CC (52,4% vs 4,4%); RCQ (76,8% vs 42,5%); RCEst (82,4% vs 49,8%) e TAV (27,4% vs 14,8%) (p<0,001). Quando comparou-se as médias dos indicadores nutricionais segundo a taxa de filtração glomerular observou-se que, quanto maior a obesidade abdominal menor a TFG (p < 0,001). Conclusão: Quase a metade dos afrodescendentes apresentou excesso de peso e as mulheres apresentaram maior prevalência de excesso de peso e obesidade abdominal. Observou-se baixa prevalência de filtração glomerular reduzida e a TFG reduziu com o aumento da obesidade abdominal.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 407588 - FRANCISCO DAS CHAGAS MONTEIRO JUNIOR
Interno - 3104681 - JOSE ALBUQUERQUE DE FIGUEIREDO NETO