Ir para acessibilidade
inicio do conteúdo

Banca de DEFESA: MARIA CRISTIANE ARANHA BRITO

2015-12-23 09:39:19.749

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA CRISTIANE ARANHA BRITO
DATA: 30/12/2015
HORA: 09:00
LOCAL: SALA 01 - PPGCS
TÍTULO: Farmacovigilância em fitoterapia: controle de qualidade do mesorcarpo de Attalea speciosa Mart. ex Spreng.(babaçu).
PALAVRAS-CHAVES: Attalea speciosa Mart.ex Spreng., babaçu, controle de qualidade, autenticidade, integridade, pureza.
PÁGINAS: 112
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: O difícil acesso de grande parte da população mundial aos serviços de saúde e a tendência da sociedade em utilizar preferencialmente produtos naturais, especialmente de origem vegetal na recuperação e/ou preservação da saúde, muitas das vezes estimulada pelas propriedades terapêuticas milagrosas erroneamente atribuídas às plantas, são fatores que merecem destaque para justificar a crescente ascensão no consumo de plantas e/ou seus produtos derivados como recurso terapêutico. Esta situação é preocupante, considerando os riscos associados à utilização de produtos para fins medicinais de má qualidade e sem padronização. A utilização de recursos de origem vegetal para fins terapêuticos quer seja planta medicinal in natura, droga vegetal, produto tradicional fitoterápico e/ou medicamento fitoterápico, deve ser alicerçada na certificação da qualidade, segurança e eficácia terapêutica; o que exige o fortalecimento do sistema de farmacovigilância desses produtos no intuito de promover o seu uso racional. Attalea speciosa Mart. ex Spreng. (nome vernacular: babaçu), pertencente à família Aracaceae, é uma espécie vegetal largamente empregada para diversos fins terapêuticos, de grande ocorrência no Maranhão e de representatividade nos arranjos produtivos do Estado. Nesse sentido, o presente trabalho visa definir parâmetros de autenticidade do mesocarpo desta espécie e avaliar qualidade, quanto à autenticidade, integridade e pureza, de amostras comerciais desse mesocarpo, fornecendo subsídios para elaboração da monografia da espécie; bem como contribuir efetivamente no exercício pleno da farmacovigilância em fitoterapia. Foi realizado um levantamento no Conselho Regional de Farmácia do estado do Maranhão (CRF-MA), onde foi possível detectar que apenas quatro estabelecimentos com responsabilidade farmacêutica comercializavam mesocarpo de babaçu, sendo dois no bairro da COHAMA (F1 e G1) e dois no bairro do Centro (F2 e G2) onde foram adquiridas quatro amostras comercias. A amostra de referência in natura (P) foi obtida no município de Esperantinópolis, Maranhão, Brasil. Foi realizada a análise macro e microscópica da amostra de referência, para determinação dos parâmetros de autenticidade. As amostras comerciais foram analisadas para determinação de sua qualidade, em relação à autenticidade (macroscopia e microscopia), integridade (determinação do marcador epicatequina nos extratos por cromatografia em camada delgada e líquida de alta eficiência, teor de polifenóis), e pureza (teor de cinzas, umidade, contaminação microbiológica). Foi observado que não houve diferença de coloração entre a amostra de referência e as comercias, bem como a ausência de impurezas e/ou contaminantes, quando analisados em vista desarmada. No estudo microscópico da amostra de referência, foram observadas estruturas celulares e sete tipos de grãos de amido, caracterizando os parâmetros de autenticidade, que foram também visualizados em todas as amostras comerciais. Epicatequina, marcador característico da espécie, foi observada em todas as amostras nos dois métodos cromatográficos utilizados e o teor de polifenóis mostrou-se mais expressivo em F2. Houve a presença de Escherichia coli em F1 e G2, caracterizando como impróprias para o consumo. Em relação à umidade, os valores obtidos nas amostras comerciais variaram de 10,7 a 12,6 %, teores acima do obtido na amostra de referência (5,64%), no entanto estão dentro do limite permitido para farinhas e amiláceos segundo a RDC nº 263/2005. Quanto ao teor de cinzas, todas as amostras comerciais estão com valores acima do especificado para o mesocarpo de babaçu. Assim, devido à ampla comercialização do mesocarpo de babaçu com finalidade alimentícia e/ou terapêutica, definir paramentos de qualidade e avaliar amostras comerciais é de fundamental importância para garantir um uso seguro para a população bem como contribuir para o desenvolvimento pleno da fitoterapia no estado.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 965.677.243-15 - AFONSO GOMES ABREU JÚNIOR - USP
Presidente - 407246 - FLAVIA MARIA MENDONCA DO AMARAL
Externo à Instituição - LÍDIO GONCALVES LIMA NETO - UNICEUMA
Externo ao Programa - 2171058 - PATRICIA DE MARIA SILVA FIGUEIREDO

fim do conteúdo