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Banca de DEFESA: MAYARA CRISTINA PINTO DA SILVA

2017-03-20 08:40:56.228

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAYARA CRISTINA PINTO DA SILVA
DATA: 28/03/2017
HORA: 09:00
LOCAL: SALA 01 - PPGCS
TÍTULO: Ação imunomoduladora e anti-Leishmania de microparticulas de babaçu e seu efeito na polarização de macrófagos.
PALAVRAS-CHAVES: Mesocarpo de Babaçu, Attalea speciosa, microparticulas de PLGA, Leishmania amazonensis, TNF-α, macrófagos M1.
PÁGINAS: 82
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Imunologia
RESUMO: A bioprospecção de produtos com potencial terapêutico no tratamento da leishmaniose tem despertado crescente interesse, pois as drogas atualmente utilizadas apresentam elevada toxicidade e, muitas vezes, os protozoários são resistentes, sobretudo nos tratamentos prolongados. Na perspectiva de desenvolver uma nova formulação com ação anti-Leishmania avaliou-se a atividade do extrato aquoso do mesocarpo de babaçu (Attalea speciosa Mart) encapsulado em micropartículas biodegradáveis de PLGA [poly(lactic-co-glycolic acid]. Inicialmente, foi realizado o estudo morfométrico e funcional das micropartículas. Em seguida foi avaliada a atividade anti-Leishmania por ação sobre as formas promastigotas, comparando os efeitos das micropartículas de PLGA carregadas com extrato do mesocarpo de babaçu (MMP) como o extrato livre (Meso) e com micropartículas vazias, utilizadas como controle negativo (CMP). Também avaliamos os efeitos de MMP em culturas de macrófagos peritoneais, de camundongos Balb/c, infectados ou não com formas amastigotas de Leishmania amazonensis. Nas culturas de macrófagos foi quantificada produção de citocinas (IL-10, IL-6 e TNF-α) por ELISA, a produção de peróxido de hidrogênio, óxido nítrico e a atividade da arginase. Foi determinada a taxa de infecção e o percentual de células infectadas. O mesocarpo de babaçu apresentou excelente interação com antígenos de L.amazonensis. A caracterização das micropartículas mostrou que as MMP apresentaram diâmetro e potencial zeta compatíveis com as micropartículas controle (CMP) e a eficiencia de encapsulamento do extrato foi de 45%. As MMPs foram mais ativamente fagocitadas ocasionando aumento de 25% no índice fagocítico, após 24 horas de incubação. Além de baixa toxicidade em macrófagos peritoneais, o encapsulamento do mesocarpo de babaçu potenciou em quase 10 vezes a ação anti-leishmania para as formas promastigotas de Leishmania amazonensis, quando comparado ao extrato livre. O tratamento com MMP reduziu o número de amastigotas e a taxa de infecção de macrófagos peritoneais possivelmente por seu efeito imunomodulador na polarização de macrófagos para o fenótipo M1 resultando no aumento de TNF-α e óxido nítrico e na inibição da produção de IL-10. Concluímos que o microencapsulamento do mesocarpo de babaçu melhorou a ação anti-Leishmania do extrato, mas manteve o seu efeito imunomodulador o que contribuiu para o melhor efeito tanto sobre os protozoários como para as células infectadas, evitando a morte das células por necrose ou apoptose. Os dados em conjunto indicam que as MMP podem ser fortes candidatas ao desenvolvimento de novos produtos, devido aos seus efeitos imunomoduladores na polarização de macrófagos infectados com L. amazonensis para células M1 e, adicionalmente, estimulam novos estudos quanto ao seu efeito in vivo.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 407707 - CONCEICAO DE MARIA PEDROZO E SILVA DE AZEVEDO
Externo à Instituição - NEUZA MARIA ALCÂNTARA NEVES - UFBA
Interno - 1136091 - PAULO VITOR SOEIRO PEREIRA
Externo à Instituição - ROBERTO NICOLETE - FIOCRUZ
Presidente - 306484 - ROSANE NASSAR MEIRELES GUERRA LIBERIO

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