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Banca de DEFESA: THIARE SILVA FORTES BRAGA

2017-04-26 10:36:34.328

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THIARE SILVA FORTES BRAGA
DATA: 08/05/2017
HORA: 14:00
LOCAL: SALA 01 - PPGCS
TÍTULO: Extrato padronizado de própolis (EPP-AF®) aumenta a sobrevida em camundongos imunossuprimidos com sepse induzida por Candida albicans.
PALAVRAS-CHAVES: Própolis, dexametasona, Candida albicans, imunomodulação, sepse.
PÁGINAS: 101
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Imunologia
RESUMO: A própolis produzida pelas abelhas Apis melífera é um material balsâmico resinoso, utilizado para a proteção da colmeia contra fungos, bactérias, vírus e insetos. Dentre as atividades antimicrobianas da própolis já comprovadas, destacam-se a ação antifúngica observada em cepas de Candida albicans, fungo comensal do trato oro-gastrointestinal e da pele, associado a infecções oportunistas, locais ou sistêmicas, em especial, em pacientes imunossuprimidos. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do tratamento com Extrato Padronizado de Própolis (EPP-AF®) na infecção sistêmica ocasionada por C. albicans em camundongos imunossuprimidos. Inicialmente, os camundongos C57Bl/6 foram imunossuprimidos com dexametasona (3mg/kg) durante uma semana e, no oitavo dia foram infectados, por via intraperitoneal, com blastóporos de C. albicans (2x106). Após 24 horas da infecção, foi iniciado o tratamento diário dos animais com própolis nas doses de 10 e 100 mg/Kg, durante 15 dias, por via intraperitoneal. A imunossupressão com dexametasona foi mantida pelo mesmo período. Ao final dos 15 dias, observou-se que todos os animais tratados com própolis na dose de 100mg/Kg mantinham-se vivos, enquanto todos os animais dos demais grupos já haviam morrido. A partir daí, passou-se a investigar possíveis mecanismos imunológicos que explicassem este efeito. Para isto, foi repetido o mesmo protocolo de imunossupressão e infecção descritos acima, entretanto, o tratamento foi realizado em uma única aplicação de própolis na dose de 100mg/Kg, 24 horas após a infecção e os ensaios foram realizados 24 horas após este tratamento. O tratamento com própolis reduziu as unidades formadoras de colônia no peritônio e no baço. Além disto, a própolis reverteu a imunossupressão induzida pela dexametasona, aumentando o número de leucócitos circulantes, principalmente neutrófilos, a proliferação de esplenócitos, o recrutamento de leucócitos ao sítio da infecção e aumento de linfócitos T CD4+. Em relação aos mediadores inflamatórios, foi observado que o tratamento com própolis induziu o aumento da produção ex vivo de óxido nítrico por células peritoneais e a diminuição das citocinas inflamatórias (IL-6 e TNF-α) circulantes. Finalmente, em experimento in vitro, macrófagos peritoneais foram tratados com dexametasona (4 µg/mL), 48 horas, e, em seguida, tratados com própolis (100 µg/mL), durante 12 horas. Ao final as células foram incubadas com C. albicans por 1 hora. Neste ensaio, foi observado que a própolis aumentou a fagocitose, sem, no entanto, alterar a expressão proteica de Dectina-1 e Manose. Em conclusão, o extrato padronizado de própolis aumentou a expectativa de vida e reduziu a disseminação de C. albicans em camundongos imunosuprimidos. Tais efeitos, provavelmente devem-se à sua capacidade de reverter a imunossupressão induzida pela dexametasona, recrutar e ativar células imunes efetoras para o sítio da infecção, além de reduzir as citocinas inflamatórias séricas, diminuindo assim a progressão dos aspectos deletérios da candidemia sistêmica.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 407707 - CONCEICAO DE MARIA PEDROZO E SILVA DE AZEVEDO
Externo à Instituição - EDUARDO MARTINS DE SOUSA - UNICEUMA
Externo à Instituição - ELIZABETH SOARES FERNANDES - UNICEUMA
Presidente - 1368781 - FLAVIA RAQUEL FERNANDES DO NASCIMENTO
Interno - 1136091 - PAULO VITOR SOEIRO PEREIRA

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