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Banca de QUALIFICAÇÃO: LIANA DE OLIVEIRA TROVAO

2017-09-26 09:33:59.489

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LIANA DE OLIVEIRA TROVAO
DATA: 26/09/2017
HORA: 14:00
LOCAL: SALA 02 - PPGCS
TÍTULO: Efeito protetor de Punica granatum em modelo de sepse letal induzida por ligadura e perfuração cecal em camundongos.
PALAVRAS-CHAVES: Inflamação; Romã; Sepse; Imunomodulação.
PÁGINAS: 54
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Imunologia
RESUMO: Definida como uma síndrome em que há o desequilíbrio entre as respostas anti e pró-inflamatórias com severos efeitos sistêmicos, a sepse é reconhecida como um grave problema de saúde pública devido às altas taxas de morbidade e mortalidade a ela associadas, especialmente nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). Atualmente, tem-se buscado novas intervenções terapêuticas que atuem de forma imunomodulatória e controle a inflamação exacerbada que ocorre durante a sepse. Neste contexto destacam-se os produtos naturais que são ricos em metabólicos secundários com ampla gama de atividades farmacológicas. Dentre as espécies vegetais pode-se destacar Punica granatum L. que é pertencente à família Punicaceae popularmente chamada de romã, romeira ou granado. Dentre outras atividades a P. granatum apresenta ação anti-inflamatória, antimicrobiana e antioxidante, essenciais para resolução de um quadro de sepse. Dessa maneira o objetivo deste trabalho foi avaliar a possível ação imunomodulatória que o extrato bruto hidroalcóolico da casca do fruto de P. granatum (EBPg) possa ter frente à sepse polimicrobiana letal induzida em camundongos. Para isso foram utilizados 35 camundongos fêmeas da linhagem Swiss adquiridos no Biotério Central da Universidade Federal do Maranhão com aceite na Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) sob protocolo de número 23115.002346/2015-45. Os animais foram submetidos à indução de sepse letal por Ligadura e Perfuração Cecal (CLP). Para o experimento de sobrevida foram utilizados 20 animais distribuídos em 4 grupos: CLP, CLP tratado 6 horas antes da indução de sepse, CLP tratado imediatamente após a indução de sepse e CLP tratado 6 horas após a indução de sepse. Esses animais foram acompanhados por 5 dias, com frequência de óbito observada de 12h em 12h. Para experimento de eutanásia os animais foram distribuídos em 3 grupos: Sham, CLP e CLP+EBPg. Em todos os grupos foram utilizados “n” amostral de 5 animais. Após 12h de indução de sepse os animais foram eutanasiados e avaliaram-se os parâmetros hematológicos, celulares (contagem total, diferencial e imunofenotipagem) dos principais órgãos linfoides, liberação de peróxido de hidrogênio e citocinas das células. Verificou-se que o extrato teve efeito terapêutico e que os animais tratados imediatamente após a indução de sepse tiveram 65% de sobrevida. Houve aumento de linfócitos e diminuição de neutrófilos no sangue periférico de animais tratados, bem como aumento de linfócitos na cavidade peritoneal dos mesmos. Houve aumento na porcentagem de células no foco infeccioso e diminuição de células no baço. Nas células do peritônio verificou-se aumento do percentual de CD3+, CD4+CD69+ e de IaIe, ao passo que houve diminuição do percentual de CD8+CD69+, CD14+ e Ly6C/6G. No linfonodo houve aumento do percentual de CD3+, CD86+ e CD11c+CD86+, entretanto houve diminuição de CD4+CD28+ e CD11c+. No baço verificou-se diminuição do percentual de CD4+, CD8+, CD28+ e IaIe e aumento no percentual de CD86+ e CD11c+. O extrato promoveu o aumento da liberação de todas as citocinas dosadas (IL-6, IL-10, MCP-1, INF-γ, TNF). O extrato promoveu a redução na MFI do grupo estimulado com PMA. Dessa forma, podemos inferir que o EBPg possui alto potencial imunomodulador e se apresenta como uma futura importante estratégia alternativa terapêutica em casos de sepse.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - EDUARDO MARTINS DE SOUSA - UNICEUMA
Interno - 1136091 - PAULO VITOR SOEIRO PEREIRA

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