PPGCS/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRÉ ALVARES MARQUES VALE
DATA: 29/11/2017
HORA: 09:00
LOCAL: SALA 01 - PPGCS
TÍTULO: Estudo do efeito da vitamina E na resposta imune e no desenvolvimento tumoral em modelo murino.
PALAVRAS-CHAVES: Tumor de Ehrlich; Vitamina E; Ciclofosfamida; Imunomodulação.
PÁGINAS: 73
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Imunologia
RESUMO: O câncer possuiu uma incidência extremamente alta chegando a 14 milhões de novos casos por ano. Devido a isso estratégias para conter seu avanço ou melhorar o prognostico dos já acometidos é de suma importância. Como forma de destruir as células tumorais e potencializar a resposta imune contra tumores a utilização da vitamina E tem sido testada. O presente trabalho visa observar a capacidade de uma mistura de tocoferóis (αβδγ) em influenciar o desenvolvimento do tumor sólido de Ehrlich, sua influência sobre o sistema imune e sua interação com a droga padrão ciclofosfamida. Para isso camundongos portadores do tumor tiveram suas dietas suplementadas de forma profilática ou terapêutica associadas ou não com ciclofosfamida. Para observar os efeitos destas estratégias o peso dos animais, consumo de ração, desenvolvimento do tumor, a fenotipagem das células do infiltrado tumoral e do baço, citocinas inflamatórias, produção de oxido nítrico, padrões hematológicos, celularidade dos órgãos linfoides e parâmetros hepáticos e renais foram analisados. A suplementação com vitamina E não foi capaz de conter o desenvolvimento do tumor nas duas abordagens utilizadas, embora tenha sido capaz de aumentar a quantidade de células sanguínea. Na abordagem profilática, houve aumento de neutrófilos infiltrados no tumor e aumento na produção de oxido nítrico tanto no microambiente tumoral quanto no baço. Na abordagem terapêutica, foi observado maior frequência de macrófagos e linfócitos infiltrados, menor produção de IL-12 e IFN-γ, se correlacionando com a menor porcentagem de células ativadas e produção de NO. A suplementação com vitamina E associada a ciclofosfamida não interferiu na sua capacidade de conter o tumor, entretanto a associação aumentou a produção de IL-12 e houve uma tendência de aumentar IL-10. Esse aumento parece está associado a maior porcentagem de células ativadas no baço, principalmente quando a estratégia terapêutica foi utilizada. Esses resultados podem ser explicados pela junção da capacidade da ciclofosfamida de reiniciar a resposta imune juntamente com a capacidade da vitamina E de potencializar esta resposta. Esses dados demostram que a associação desses dois elementos pode ser benéfica quando utilizadas de forma terapêutica, sugerindo que a suplementação pode melhorar a imunidade frente a alguns efeitos adversos do quimioterápico, sendo importante para na qualidade de vida do paciente e favorecer a adesão ao tratamento.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2284981 - CLAUDIA QUINTINO DA ROCHA
Interno - 1136091 - PAULO VITOR SOEIRO PEREIRA