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Banca de DEFESA: LIANA DE OLIVEIRA TROVAO

2018-05-04 09:49:50.103

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LIANA DE OLIVEIRA TROVAO
DATA: 08/05/2018
HORA: 09:00
LOCAL: SALA 01 - PPGCS
TÍTULO: Efeito protetor de Punica granatum L. (Romã) em modelo murino de sepse letal induzida por ligadura e perfuração cecal.
PALAVRAS-CHAVES: Inflamação; Romã; Sepse; Imunomodulação.
PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Imunologia
RESUMO: A sepse é definida como uma síndrome em que há o desequilíbrio entre as respostas anti e pró-inflamatórias levando a efeitos sistêmicos. Com o intuito de descobrir alternativas eficientes para conter um quadro de sepse, estudos com produtos naturais são cada vez mais presentes na literatura. Neste contexto tem-se a espécie vegetal Punica granatum L. conhecida como romã e que apresenta ação anti-inflamatória, antimicrobiana e antioxidante. Dessa maneira, o objetivo deste trabalho foi avaliar o possível efeito anti-inflamatório que o EBPg apresenta frente à sepse polimicrobiana letal induzida em camundongos. Para investigar o efeito do EBPg (dose: 5mg/Kg) foram utilizados 25 animais distribuídos: em 5 grupos: CLP, ATB (tratado com Imipenem), CLP tratado 6 horas antes da indução de sepse, CLP tratado concomitante a sepse e CLP tratado 6 horas após a indução de sepse. A sobrevida desses animais foi acompanhada por 5 dias a cada 12h. Verificou-se que o extrato teve efeito terapêutico e que os animais com tratamento concomitante à indução de sepse tiveram aproximadamente 65% de sobrevida. Para avaliar os parâmetros celulares e imunológicos 15 animais foram distribuídos em 3 grupos: SHAM, CLP e CLP+EBPg. Após 12h da indução da sepse os animais foram eutanasiados. Inicialmente avaliou-se o percentual de leucócitos no sangue periférico e observou-se que os linfócitos e neutrófilos estavam aumentados nos animais sépticos tratados, em relação aos animais não tratados. Avaliou-se o efeito do EBPg nos principais órgãos linfoides primários (medula) e secundários (linfonodo e baço) por meio de contagem total de células, bem como no foco infeccioso (peritônio) por meio de contagem total e diferencial e no pulmão, um dos principais órgãos acometidos na sepse, por meio de contagem diferencial de células do LBA. Observou-se que não houve diferença na quantidade de células presentes na medula, linfonodo e LBA entre os grupos tratado e não tratado. No entanto, houve menor quantidade de células no baço dos animais tratados quando comparados com animais não tratados e aumento de células na cavidade peritoneal. Dentre os tipos celulares encontrados no peritônio dos animais sépticos tratados ou não, os neutrófilos tiveram maior percentual. No entanto, o extrato promoveu o aumento tanto de macrófagos como de linfócitos no foco infeccioso. Com o intuito de investigar a eficiência das células em conter a proliferação de microrganismos no foco infeccioso avaliou-se a produção de peróxido de hidrogênio. O extrato promoveu a redução na MFI do grupo tratado e estimulado com PMA em relação ao grupo CLP e da porcentagem de H202 do grupo tratado em relação ao sham e ao CLP+EBPg, demonstrando que o EBPg mantém a produção de H202, porém não de maneira exacerbada. Para verificar quais os fenótipos celulares estavam presentes nos órgãos linfoides secundários (linfonodo e baço) e no foco infeccioso, realizou-se a técnica de imunofenotipagem. No linfonodo houve aumento do percentual de CD3+, CD86+ e CD11c+CD86+, e diminuição de CD4+CD28+ e CD11c+. No baço verificou-se diminuição do percentual de CD4+, CD8+, CD28+ e IaIe e aumento no percentual de CD86+ e CD11c+. Nas células do peritônio verificou-se aumento de CD3+, CD4+CD69+ e de IaIe, enquanto houve diminuição de CD8+CD69+, CD14+ e Ly6C/6G. Além disso, verificou-se as principais citocinas liberadas no soro dos animais. O EBPg promoveu o aumento da liberação de todas as citocinas dosadas (IL-6, IL-10, MCP-1, INF-γ, TNF) com um destaque especial para a IL-10. Dessa forma, podemos inferir que o EBPg possui potencial imunomodulador, agindo no controle de parâmetros inflamatórios como aumento da liberação de citocina regulatória, ativação de células imunológicas envolvidas na atividade reguladora e apresentação de antígenos, controle da produção de peróxido de hidrogênio e controle indireto da infecção, através do recrutamento de células para o foco infeccioso. Sendo assim, ele se apresenta como uma importante alternativa terapêutica em casos de sepse.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - Andresa Aparecida Berretta e Silva - USP
Interno - 1523993 - HIVANA PATRICIA MELO BARBOSA DALL AGNOL
Presidente - 2583080 - MARCIA CRISTINA GONCALVES MACIEL
Interno - 1136091 - PAULO VITOR SOEIRO PEREIRA

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