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Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA LUIZA FARIAS SERPA

2018-11-16 09:12:57.715

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA LUIZA FARIAS SERPA
DATA: 23/11/2018
HORA: 14:00
LOCAL: SALA 01 - PPGCS
TÍTULO: Caracterização imunomolecular das leucemias linfoides agudas (LLAs) em crianças no Estado do Maranhão e associação entre parâmetros laboratoriais e prognóstico nas LLAs ETV6-RUNX1 Positivas
PALAVRAS-CHAVES: gene de fusão; marcadores bioquímicos; leucemias.
PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Genética
RESUMO: Introdução: As leucemias linfóides agudas (LLAs) são neoplasias causadas por alterações genético-moleculares nas células precursoras da linhagem linfóide. São subdivididas em B (LLA-B) ou T (LLA-T). As LLA-B são mais frequentes, representando 85% dos casos de LLAs em pediatria. Neste subtipo a alteração genética mais freqüente é o gene de fusão ETV6-RUNX1 sendo normalmente relacionado a um prognóstico favorável, no entanto em 20% dos pacientes ocorre recidiva da doença, devido à heterogeneidade de apresentação clínica associada a este gene de fusão. Este estudo visa caracterizar por parâmetros imunomoleculares as LLAs pediátricas no Estado do Maranhão e correlacionar o prognostico das LLAs-B ETV6-RUNX1positivas com possíveis alterações bioquímicas e imunofenotípicas. Material e métodos: trinta e quatro pacientes oriundos do centro de referência do estado Maranhão tiveram dados clínicos, morfológicos, laboratoriais e imunofenotípicos cadastrados em um banco de dados para posterior correlação. Após caracterização molecular, por reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR), os pacientes foram estratificados pela presença dos genes de fusão: MLL-AF4, BCR-ABL (p190), ETV6-RUNX1 e TCF3-PBX1. No grupo positivo para o gene ETV6-RUNX1 foi feita a associação entre prognóstico com dados imunofenotipicos e bioquímicos, tendo como grupo de comparação pacientes ETV6-RUNX1 negativos, sem excluir a ausência de outros genes de fusão.Resultados: a frequência das anormalidades genéticas nos pacientes com LLAs foi de 32,3% (n=11) ETV6-RUNX1 positivos, 17,7% (n=6) para o gene de fusão TCF3-PBX1, 2,9% (n=1) positivos para SIL-TAL1e 47,1% (n=16) negativo para os genes de fusão estudados. Dos 34 pacientes estudados inicialmente, 29 foram classificados como LLA-B e estes foram divididos em dois grupos: ETV6-RUNX1 positivo (n=11) e ETV6-RUNX1 negativo (n=18). A faixa etária média dos pacientes ETV6-RUNX1 positivos foi de 3,7 ± 3,4 anos enquanto nos pacientes negativos foi de 4,9 ± 3,5 anos. Os subtipos das LLA-B ETV6-RUNX1 encontrados foram a LLA-B comum em 72,7% (n=8) e 27,3% (n=3) de LLA pré-B. Dentre os marcadores imunofenotípicos aberrantes e/ou ligados a genes de fusão analisados em ambos os grupos, não houve diferença, muito embora a expressão negativa do CD56 não havia sido descrita na literatura e expressão positiva para o CD9 tenha sido divergente dos dados da literatura. Dentre os parâmetros bioquímicos analisados, não houve diferença entre os grupos. Conclusão: os resultados observados mostraram uma maior frequencia dos genes de fusão como ETV6-RUNX1 e TCF3-PBX1 quando comparados com a literatura. É sugerido que condições socio-demograficas podem afetar a expressão destes genes de fusão na população sendo importante da caracterização molecular das LLAs no estado do Maranhão. Não foi observada associações entre paramêtros laboratoriais e o gene ETV6-RUNX1. Entretanto, os marcadores β-2 microglobulina, lactato desidrogenase e enolase neuronal são sugestivos de correlação com presença da doença. Na associação imunofenotipica, a expressão das moleculas CD56 e CD9 apresentaram frequências não relatadas antes na literatura, sugerindo associação do ETV6-RUNX1 com a ausência da molécula CD56. Os dados não mostraram diferencas quando o desfecho da doenca. Entretanto número de óbitos foi maior entre os pacientes CD9 positivos.Estes dados sugerem que há uma heterogeneidade clinica nos pacientes positivos para o gene de fusão ETV6-RUNX1, demonstrando que mesmo com diversos estudos salientando seu prognóstico favorável, esta alteração pode evoluir de forma agressiva e deve ser analisada com cautela para que haja melhor compreensão dos possíveis prognósticos do paciente ETV6-RUNX1 positivo.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - LÍDIO GONCALVES LIMA NETO - UNICEUMA
Interno - 1555889 - RAFAEL CARDOSO CARVALHO

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