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Banca de DEFESA: UIARA REGINA SILVA DE LIMA

2018-11-22 08:01:00.77

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: UIARA REGINA SILVA DE LIMA
DATA: 27/11/2018
HORA: 08:00
LOCAL: SALA 01 - PPGCS
TÍTULO: Aspectos Gerais da co-infecção Leishmaniose Visceral / HIV no Estado do Maranhão.
PALAVRAS-CHAVES: Leishmaniose Visceral, HIV/AIDS e co-infecção.
PÁGINAS: 92
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Parasitologia
RESUMO: Introdução:As leishmanioses são doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania apresentando duas formas de manifestação clínica: Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) e Leishmaniose Visceral (LV) – ou calazar - tendo esta como principal agente causador a espécie Leishmania infantum chagasi, presente em várias regiões brasileiras. É transmitida pela picada de flebótomos fêmeas infectadas da espécie Lutzomyia longipalpis, predominantes em áreas silvestres, mas com aumento da frequência em áreas domiciliares, inclusive na periferia das cidades. A Leishmaniose Visceral (LV) possui manifestações clínicas variadas, podendo levar a óbito se não tratada de forma adequada. O cenário clínico da LV pode ser agravado se houver associação com doença imunossupressora, como no caso da infecção pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é um grande desafio a saúde pública, com evidente expansão dessa para municípios de médio e pequeno porte do interior do país, fazendo cruzamento com a LV, que se expande no sentido contrário, levando a um aumento do número de casos de co-infecção LV/HIV. Objetivo:Dessa forma, este trabalho tem como objetivo analisar o perfil clinico-epidemiológico, terapêutico e evolutivo da coinfecção LV/HIV positivo, comparando com apresentação da LV/HIV negativo, de 2007 a 2017. Resultado: Foram identificados 133 de coinfectados LV/HIV e 37 sem co-infecção. Desses casos o grupo de co-infectados apresentou 89,7% (115) do sexo masculino, sendo mais prevalente na faixa etária dos 30 a 39 anos. A maioria de ambos os grupos, residia no interior do estado com 57,1% (LV/HIV) e 79,3% (LV). Das queixas clínicas observadas na admissão dos pacientes, a Leishmaniose Visceral sem HIV apresentou a maioria delas, sendo febre e queda de cabelo as que apresentaram significância estatística. Na análise do exame físico na admissão dos pacientes, também, a Leishmaniose Visceral sem HIV apresentou a maioria das alterações, chamando atenção emagrecimento, febre, icterícia, hepatomegalia e esplenomegalia, sendo a dispneia a única exceção apresentada apenas nos pacientes co-infectados, com 13,5%(17). O diagnóstico de HIV antecedeu 2,6 anos o de Leishmaniose Visceral (p<0,001). As alterações laboratoriais não apresentaram diferença entre os grupos, exceto por linfopenia apresentada em 23,8% dos casos de pacientes co-infectados com Leishmaniose Visceral e HIV. A Leishmaniose Visceral, por outro lado, apresentou alteração significante nas taxas de transaminases, com aumento de 73% de AST e 57,3% ALT. O tratamento utilizado no grupo de co-infecção foi anfotericina B lipossomal na sua maioria, já no grupo de Leishmaniose Visceral utilizou-se Antimoniato de N-metil-metaglumina (Sbv) (p<0,001). Recidiva e óbito foram observados apenas nos casos de co-infecção com 38,3% (51) e 10,5% (14), respectivamente. Ao fatores associados para recidiva foi febre e para óbito foram encontrados como fatores associados e recidiva (p=0,029) emagrecimento (p=0,044), ureia (p=0,029) e creatinina (p=0,042). Conclusão: A Leishmaniose associada ao HIV apresentou-se com diversas sintomatologias clínicas, não mostrando, na maioria das vezes, a tríade clássica observada na Leishmaniose Visceral isolada, febre, pancitopenia e hepatoesplenomegalia. A co-infecção Leishmaniose Visceral e HIV foi a única síndrome que evoluiu com recidiva e óbito, sendo necessário conhecer os fatores de risco presentes na internação para redução desses desfechos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 407707 - CONCEICAO DE MARIA PEDROZO E SILVA DE AZEVEDO
Externo à Instituição - JACKSON MAURICIO LOPES COSTA - FOC
Interno - 1701663 - LUCILENE AMORIM SILVA
Interno - 407637 - VALERIO MONTEIRO NETO

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