Ir para acessibilidade
inicio do conteúdo

Banca de DEFESA: ORLENE NASCIMENTO DA SILVA

2019-06-24 09:20:47.468

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ORLENE NASCIMENTO DA SILVA
DATA: 27/06/2019
HORA: 15:00
LOCAL: SALA 01 - PPGCS
TÍTULO: FARMACOVIGILÂNCIA EM FITOTERAPIA: plantas empregadas para fins medicinais por usuários de serviços de hepatologia e nefrologia no município de São Luís, Maranhão, Brasil.
PALAVRAS-CHAVES: etnodirigido, etnofarmacologia, plantas tóxicas, toxicidade.
PÁGINAS: 108
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: O uso de espécies vegetais para fins terapêuticos sem estudos de validação, pode contribuir ao risco de reações tóxicas, com ênfase às lesões hepáticas e renais, devido aos processos fisiológicos de metabolização e excreção de substâncias. Nesse sentido, devido à dificuldade de identificar eventos adversos ao uso de plantas para fins medicinais, tanto pelo usuário como pelo profissional de saúde, os estudos etnofarmacológicos têm fornecido importantes subsídios, possibilitando a avaliação dos recursos terapêuticos empregados pela população. Assim, esse trabalho objetiva realizar um estudo etnofarmacológico para a identificação de espécies vegetais empregadas por usuários do serviço público de nefrologia e hepatologia no município de São Luís, Maranhão, Brasil; visando contribuir efetivamente no uso racional de plantas para fins medicinais e nas ações de Farmacovigilância. Foram entrevistados 84 indivíduos para o serviço de hepatologia e 145 indivíduos para o serviço de nefrologia em atendimento em estabelecimentos de saúde pública da Atenção Básica à Saúde, sendo constatada prevalência de 75% e 60% no uso de plantas para fins medicinais, respectivamente. Em relação a fonte de informação sobre o uso de plantas para fins medicinais pelos usuários selecionados nos serviços de hepatologia e nefrologia, predominou a informação obtida de familiares (79,76% e 73,10%), quanto ao local de aquisição predominaram quintal/horta caseira (50% e 50,56%), utilizando decocção (30,25% e 57,15%)como principal forma de preparação, com nível de satisfação com as preparações obtidas de plantas predominantemente bom (62,13% e 63,34%) ou ótimo (37,87% e 35,55%), respectivamente. Com relação à frequência de uso das preparações, os usuários do serviço de hepatologia fazem uso 01 (uma) vez ao dia, enquanto que os entrevistados dos serviços de nefrologia utilizam com frequência superior a 03 (três) vezes ao dia, ambos referindo utilizar a preparação enquanto durar os sintomas. As categorias terapêuticas com frequência de uso citadas pelos entrevistados do serviço de hepatologia foram evidenciadas predominância de indicação de espécies vegetais para tratar doenças do aparelho digestivo, seguida por doenças do sistema nervoso e doenças do aparelho geniturinário. Nos usuários dos serviços de nefrologia predominaram plantas para doenças do aparelho digestivo, seguida por doenças do sistema nervoso e doenças classificadas como sinais, sintomas e achados clínicos e laboratoriais anormais, não classificados em outra parte; tendo como as espécies vegetais mais citadas: Lippia alba (Mill) N. E. Brown (erva cidreira), indicada para calmante e Rhamnus purshiana DC. (cáscara sagrada) para constipação, já pelos usuários do serviço de nefrologia foram: Lippia alba (Mill) N. E. Brown. (erva cidreira), indicada também para calmante e Plectranthus barbatus Andrews (boldo) para tratamento de cólica. A maioria dos entrevistados não reconhece perigos na sua utilização nessa prática popular. No entanto, os usuários referem o uso de algumas plantas para outros fins terapêuticos, embora com propriedades hepatotóxicas e nefrotóxicas bem descritas na literatura, podendo levar à piora no estado de saúde da queixa principal que os condicionam a buscar tais serviços. Sendo assim, a constatação do amplo uso para fins terapêutico de espécies vegetais requer atuação efetiva dos órgãos de fiscalização, com compromisso de atuação efetiva na Farmacovigilância em Fitoterapia, com ênfase nas ações educativas alertando a população dos riscos e perigos associados ao uso empírico.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1149808 - DENISE FERNANDES COUTINHO
Presidente - 407246 - FLAVIA MARIA MENDONCA DO AMARAL
Externo à Instituição - LUDMILLA SANTOS SILVA DE MESQUITA - PITÁGORAS
Interno - 2250598 - MARIA DO SOCORRO DE SOUSA CARTAGENES

fim do conteúdo