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Banca de QUALIFICAÇÃO: CAMILA ARGUELO BIBERG

2019-06-25 10:25:08.57

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAMILA ARGUELO BIBERG
DATA: 03/07/2019
HORA: 15:00
LOCAL: SALA 01 - PPGCS
TÍTULO: Estudo de validação de espécies vegetais da flora maranhense como alternativa e/ou complemento terapêutico na perda de peso.
PALAVRAS-CHAVES: etnofarmacologia, uso popular, perda de peso, Hancornia speciosa Gomes, toxicidade.
PÁGINAS: 250
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: O sobrepeso/obesidade é descrito como uma epidemia global, condição que proporciona aumento das taxas de morbidade e mortalidade, cenário preocupante, pois é um importante fator de risco para muitas outras doenças como diabetes mellitus tipo 2, dislipidemias, câncer e doenças cardiovasculares. Vale ressaltar também a atual supervalorização da magreza como padrão de beleza, a busca pelo “corpo perfeito”, estimulando pessoas a recorrerem a diversos meios visando a perda de peso. O tratamento farmacológico com restrições e a constatação dos frequentes efeitos adversos ocasiona a busca por alternativas para perda de peso entre as quais merece destaque o uso dos recursos de origem vegetais. A utilização popular de plantas sempre teve grande expressão, entretanto, a evolução científica do momento atual não permite retrocessos, exigindo a garantia da utilização de tais produtos de forma racional; nessa perspectiva as espécies vegetais podem representar fonte de novas alternativas e/ou complementos terapêuticos para redução de peso, com potencial para avançar na pesquisa e desenvolvimento (P&D); porém, o uso popular das espécies sem comprovação de eficácia e segurança pode representar riscos e perigos, dados os efeitos colaterais e/ou toxicidade. Assim, o objetivo deste trabalho é validar espécies vegetais da flora maranhense como alternativa e/ou complemento terapêutico na perda de peso. A primeira parte dessa tese consistiu em um artigo com informações do uso popular de espécies vegetais para perda de peso, levantamento etnofarmacológico realizado em serviços de saúde públicos de São Luís, Maranhão, Brasil. Em seguida o segundo artigo, uma revisão dos estudos de toxicidade de 05 (cinco) espécies vegetais referidas de amplo uso popular no sobrepeso ou obesidade (Annona muricata L, Baccharis trimera (Less) DC, Camellia sinensis (L.) Kuntze, Cynara scolymus L. e Hancornia speciosa Gomes); visando contribuir para a Farmacovigilância em Fitoterapia. A segunda etapa resultou na seleção de 01 (uma) espécie vegetal através do levantamento etnofarmacológico, dando origem ao terceiro artigo de revisão na perspectiva real de obtenção de novos bioprodutos a base de Hancornia speciosa Gomes, com ênfase aos aspectos de etnobotânica, etnofarmacologia, atividade biológica, composição química e toxicidade. Após a seleção dessa espécie foi realizado paralelamente 02 (dois) trabalhos, resultando no quarto artigo visando contribuição efetiva para a validação da espécie, sendo realizado o estudo de padronização dos extratos de Hancornia speciosa. Com análise do artigo de revisão de Hancornia speciosa foi conduzido a elaboração do quinto artigo, com objetivo de avaliar a toxicidade subcrônica do tratamento oral com extrato hidroalcoólico das folhas em modelo in vivo, para avaliação dos parâmetros da espécie e, assim, a viabilidade de emprego na perda de peso. Com os resultados obtidos foi possível constatarmos a necessidade do estudo de validação da espécie com ênfase na realização de ensaios in vitro de eficácia anti-obesidade, evidenciando potencial de inibição da atividade da lipase pancreática e comprovação da presença de substâncias químicas com propriedade anti-obesidade, sinalizando para potencial da espécie na perda de peso; mas o estudo de toxicidade sugeriu que o extrato hidroalcoólico das folhas de Hancornia speciosa pode apresentar riscos que são dependentes da concentração, já que foi capaz de induzir alterações importantes, especialmente no fígado e rim, ratificando o risco ao uso indiscriminado da espécie. Assim, os resultados evidenciam riscos associados ao uso de Hancornia speciosa como um fitocomplexo, mas devem estimular a continuidade dos estudos com as substâncias isoladas, na perspectiva de obtenção de fitofármacos.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2916593 - BRUNO ARAUJO SERRA PINTO
Interno - 1149808 - DENISE FERNANDES COUTINHO
Interno - 1859999 - EDUARDO BEZERRA DE ALMEIDA JUNIOR

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