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Banca de DEFESA: ANDRESSA DE SOUZA DA SILVA GODINHO

2019-08-26 11:06:20.018

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRESSA DE SOUZA DA SILVA GODINHO
DATA: 30/08/2019
HORA: 09:00
LOCAL: SALA 01 - PPGCS
TÍTULO: Efeito leishmanicida e cicatrizante da pomada de Dysphania ambrosiodies (L.) Mosyakin & Clement em lesões causadas por Leishmania (Leishmania) amazonensis.
PALAVRAS-CHAVES: Dysphania ambrosioides, Leishmania amazonensis, pomada de mastruz, cicatrização, leishmaniose cutânea
PÁGINAS: 99
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Imunologia
RESUMO: As leishmanioses são doenças com elevada incidência e ampla distribuição geográfica. Também possuem um grande espectro de manifestações clínicas, relacionadas à espécie do parasito causador da doença. Dentre essas manifestações clinicas, estão as lesões cutâneas locais provocada pela espécie Leishmania amazonensis. O tratamento das leishmanioses, envolvem fármacos e outras terapias, contudo os fármacos mais utilizados possuem limitantes ao seu uso, como resistência do protozoário, alta toxicidade e o inconveniente da dor local, gerando rejeição e interrupção do uso desses medicamentos por parte dos pacientes. Essa problemática tem contribuído para o aumento de investimentos governamentais e despertado o interesse na pesquisa por alternativas terapêuticas viáveis, como a investigação farmacológica de espécies vegetais. A espécie vegetal Dysphania ambrosioides já possui algumas propriedades descritas na literatura como repelente, bactericida, inseticida, antitumoral, anti-inflamatória, cicatrizante e leishmanicida. Com base nisso e visando a formulação de um fármaco à base de extrato vegetal, nosso objetivo foi avaliar o tratamento tópico com pomada de D. ambrosioides à 25% em lesões causadas por Leishmania amazonensis em modelo animal, bem como investigar in vitro o mecanismo de ação do extrato direto no parasito. O extrato de D. ambrosioides foi adicionado à uma pomada base de lanolina e vaselina. Após a manipulação da pomada, foram realizados testes físico-químicos, mensuração de pH e determinação das características sensoriais para avaliação da estabilidade preliminar e acelerada. Para o controle da qualidade microbiológica, foi realizado a contagem de microrganismos viáveis e patogênicos e coloração de Gram em colônias isoladas do extrato vegetal e da pomada manipulada. Os resultados mostraram que as amostras não tiveram alterações significativas entre os parâmetros avaliados acima, estando aptas para o uso em modelos in vivo. Para o ensaio in vivo, camundongos Balb/c receberam inóculo subcutâneo de 5x105 promastigotas em fase estacionária de L. amazonensis na orelha direita. Na 5 semanas pós infecção, os animais foram divididos em quatro grupos de 10 animais, denominados: Controle negativo (CN) tratado com 0,1mL do excipiente da pomada por 28 dias, experimental (DA) tratado com 0,1mL da pomada de D. ambrosioides durante 28 dias, Controle positivo (AM) recebeu via intraperitoneal o antimonial pentavalente (28 mg/kg/dia) por 15 dias e o grupo que recebeu associação dos compostos (DAAM) foi tratado simultaneamente com pomada de D. ambrosioides durante 28 dias e antimonial pentavalente (Sb+5) (28 mg/kg/dia) via intraperitoneal durante 15 dias. Foram avaliados os parâmetros como área da lesão, carga parasitária, celularidade dos órgãos linfóides, imunofenotipagem das células do linfonodo cervical, baço, peritônio e lesão, produção de citocinas, produção de óxido nítrico e ação do extrato diretamente sobre o parasito. Os animais tratados com a pomada de D. ambrosioides, apresentaram redução na área da lesão, além da redução na carga parasitária. Este tratamento também induziu a produção de óxido nítrico peritoneal e aumento da produção de citocinas inflamatórias e regulatória. Além disso, foi detectada alta população de linfócitos T CD4+ no baço e linfonodo, caracterizando a importância dessas células no curso do doença. Portanto, a pomada de D. ambrosioides ratificou os resultados a respeito da capacidade inflamatória do extrato bruto de D. ambrosioides a partir do aumento de TNF-α, IFN-γ, e sua capacidade imunomoduladora com a produção de IL-10 caracterizando um potencial efeito cicatrizante, com remodelamento tecidual, diminuindo assim a área da lesão tratada.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3300875 - ANA PAULA SILVA DE AZEVEDO DOS SANTOS
Externo à Instituição - BRUNO DE PAULO RIBEIRO - LABORO
Interno - 1368781 - FLAVIA RAQUEL FERNANDES DO NASCIMENTO
Presidente - 1701663 - LUCILENE AMORIM SILVA

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