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Banca de DEFESA: JANAINA OLIVEIRA BENTIVI PULCHERIO

2019-12-16 11:55:07.287

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JANAINA OLIVEIRA BENTIVI PULCHERIO
DATA: 19/12/2019
HORA: 08:00
LOCAL: SALA 01 - PPGCS
TÍTULO: Associação entre HIV e alterações auditivas em crianças.
PALAVRAS-CHAVES: HIV; síndrome de imunodeficiência adquirida; audiometria; potenciais evocados auditivos do tronco encefálico; emissões otoacústicas espontâneas; criança; surdez; perda auditiva.
PÁGINAS: 102
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: A associação entre HIV/AIDS e perda auditiva em crianças tem achados inconsistentes na literatura, principalmente sobre o tipo de perda auditiva e a influência da contagem de linfócitos T CD 4 ou da carga viral. Há carência de protocolos nacionais de acompanhamento da saúde auditiva de crianças com HIV/AIDS, diferente das crianças com sífilis ou toxoplasmose. Para avaliar o impacto da infecção pelo HIV na perda auditiva de crianças e orientar medidas de prevenção, diagnóstico precoce e reabilitação, propôs-se estudar a associação entre o HIV e alterações auditivas em crianças, com maior detalhamento metodológico e visando minimizar fatores confundidores destacados nas revisões de literatura apreciadas. Foi realizado um estudo transversal em dois serviços de referência (Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão e Centro de Saúde de Fátima), incluindo crianças de 18 meses a 12 anos de idade com diagnóstico confirmado de infecção pelo HIV. O grupo de comparação foi composto por crianças sem HIV. Após aplicação de questionário semi-estruturado, as crianças foram submetidas a otoscopia e à primeira etapa de exames audiológicos (emissões otoacústicas e timpanometria). Na presença de queixas ou alterações à otoscopia ou na primeira etapa, as crianças foram encaminhadas para a segunda etapa de exames audiológicos (audiometria tonal ou audiometria de tronco encefálico). O software STATA 12.0 foi usado para a análise estatística. Avaliaram-se 42 crianças vivendo com HIV e 41 crianças do grupo de comparação. A maioria das crianças com HIV (59,5%) nasceu de mães sem o diagnóstico da infecção até o parto. Houve diferença significativa entre os grupos com relação à frequência de queixas auditivas (p= 0,005), alterações à otoscopia (p= 0,026), percentual de falhas às emissões otoacústicas (p= 0,006) e alterações à timpanometria (p= 0,000). O único tipo de perda auditiva encontrada foi a condutiva. Não houve correlação entre a contagem de células T CD4, carga viral, esquema da terapia antirretroviral ou tempo de tratamento e perda auditiva. Houve maior risco de falha nas emissões otoacústicas para crianças do sexo feminino (OR= 3,53; p= 0,006) e a infecção pelo HIV foi evidenciado como fator de risco para falha às emissões otoacústicas (OR= 7,02; p= 0,011). O predomínio de perda auditiva relacionada a alterações de orelha média em crianças com HIV coincide com diversos estudos da literatura. As falhas na atenção pré-natal e a infecção via aleitamento materno levam ao diagnóstico tardio da infecção pelo HIV, sem orientação de monitoramento auditivo até o terceiro ano de vida, como orienta o Comitê Multiprofissional em Saúde Auditiva. A inexistência de cura para a infecção por este vírus impõe a exposição aos efeitos diretos e indiretos do HIV destas crianças até avançada idade, com acúmulo progressivo de danos audiológicos. Propõe-se protocolo estendido de testagem para prevenção da transmissão vertical do HIV independente de suspeita de infecção materna e sugere-se rastreamento auditivo anual de crianças com HIV até a adolescência.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 407707 - CONCEICAO DE MARIA PEDROZO E SILVA DE AZEVEDO
Interno - 1368781 - FLAVIA RAQUEL FERNANDES DO NASCIMENTO
Externo ao Programa - 1095586 - MARIA DOS REMEDIOS FREITAS CARVALHO BRANCO
Externo à Instituição - MONIQUE KELLY DUARTE LOPES - UNICEUMA
Interno - 7549183 - VANDA MARIA FERREIRA SIMOES

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