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Banca de DEFESA: RAYSSA SOUSA DA SILVA

2020-12-10 16:25:21.412

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAYSSA SOUSA DA SILVA
DATA: 17/12/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Defesa on-line
TÍTULO: Efeitos da suplementação com creatina monohidrato no curso temporal da força e da hipertrofia muscular no treinamento tradicional e com restrição do fluxo sanguíneo.
PALAVRAS-CHAVES: creatina monohidrato; suplementação nutricional; Restrição do fluxo sanguíneo.
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Educação Física
RESUMO: Introdução: A suplementação com Creatina Monohidrato tem sido amplamente investigada na literatura científica. A ingestão deste composto se justifica pela premissa de que sua suplementação dietética ocasiona aumento nas reservas intramusculares de creatina fosfato. O aumento nessas reservas, por sua vez, é capaz de aumentar a ressíntese de ATP e contribuir para o tamponamento dos íons de hidrogênio produzidos durante esforços de alta intensidade e curta duração. Esses dois eventos constituem a base para as ações ergogênicas da creatina. Na prática, os efeitos bioquímicos musculares da creatina poderão impactar no aumento da força muscular máxima (i.e. 1 Repetição Máxima – RM) e/ou na capacidade de desempenho em percentuais submáximos de esforço (i.e., percentual de 1RM). Uma vez aumentadas, ambas as variáveis poderão ocasionar incremento no volume de treinamento (também conhecido como tonelagem), o qual é definido pela fórmula: Peso levantado (kg) x Número de repetições x Número de séries. Tanto o aumento na carga levantada, quanto o aumento no volume do exercício (especialmente se realizado até a falha concêntrica), poderão prover a fibra muscular exercitada de estímulos mecânicos e metabólicos adicionais, possivelmente ocasionando aumentos agudos (<48h) na síntese muscular proteica. Esta, uma vez repetida, permitirá o acúmulo das proteínas contráteis musculares, com incrementos na área de secção transversa ou na espessura muscular (hipertrofia muscular). De acordo com estudos prévios de nosso grupo, o treinamento BFR mostrou-se superior em aumentar a massa muscular a curto prazo (<6 semanas), quando comparado ao treinamento de hipertrofia tradicional (TRAD). No entanto, o treinamento TRAD mostrou-se superior em induzir ganhos na força muscular máxima. Considerando-se que a suplementação com creatina induz importantes ganhos no desempenho muscular, pelos mecanismos acima propostos, é possível que esta potencialize o ganho de massa muscular e/ou força também no BFR, pois pode atenuar os níveis de fadiga, através da neutralização dos íons hidrogênio provenientes da glicólise, além de aumentar os níveis de creatina fosfato possibilitando mais repetições principalmente na primeira série do exercício. Objetivo: Investigar os efeitos da suplementação com creatina monohidrato e placebo em diferentes manifestações da força muscular (30%, 70%, 100% de 1 repetição máxima - RM), o volume de treinamento e hipertrofia muscular, ao longo de um programa de treinamento de força com duração de 8 semanas envolvendo o treinamento TRAD ou BFR. Materiais e métodos: 18 sujeitos saudáveis do sexo masculino, entre 18 e 30 anos, foram aleatorizados entre o grupo placebo (n=9) ou creatina (n=9). Os voluntários de ambos os grupos foram treinados unilateralmente no exercício rosca direta (cada braço foi alocado a um modelo diferente de treinamento, TRAD ou BFR) durante 8 semanas, e todas as medidas de espessura muscular, circunferência, força e composição corporal foram avaliados no momento 0, 2, 4, 6 e 8 semanas. Resultados: Resultados: Houve ganhos adicionais na variável espessura muscular para ambos os métodos TRAD CR e BFR CR, (17,85% e 14,35% respectivamente) quando comparado aos placebos TRAD PL e BFR PL (9,53% vs 9,08% respectivamente) (p= 0,011). A força máxima foi acrescida no grupo TRAD CR quando comparado ao BFR CR (35,89% vs 11,67% respectivamente) (p= 0,027). A resistência a 30% de 1RM no grupo BFR CR foi acrescida quando comparado ao TRAD CR (153,15% vs 90,04% respectivamente) (p= 0,025). A força muscular com 70% de 1RM foi maior em BFR-CR do que em BFR placebo (181,10% vs 79,19% respectivamente) (p = 0,007). Houve aumento de peso corporal total no grupo suplementado com Creatina, quando comparado ao grupo Placebo (2kg vs 0,01kg) (p= 0,002). Conclusão: Os dados mostram que a suplementação com creatina favoreceu o ganho de massa muscular em ambos os grupos (TRAD e BFR). A creatina foi mais eficaz na força máxima para o grupo TRAD e na resistência a 30% de 1RM para o grupo BFR, quando comparado ao grupo não suplementado. Conforme já demonstrado na literatura, a suplementação com creatina foi capaz de exercer efeitos anabólicos na modalidade de treinamento TRAD Contudo, demonstrou-se pela primeira vez que a suplementação com creatina também exerce efeitos anabólicos sobre o treinamento BFR, com hipertrofia e aumento na resistência muscular, a qual pode ser uma medida dietética interessante para indivíduos destreinados buscando ganhos de massa e força muscular.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2082845 - ANA PAULA GAMEIRO CAPPELLI
Externo ao Programa - 2572858 - HELMA JANE FERREIRA VELOSO
Externo à Instituição - HÉLCIO KANEGUSUKU - IIEPAE
Presidente - 2263518 - NELO EIDY ZANCHI

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