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Banca de DEFESA: VALDENICE FERREIRA DOS SANTOS

2021-02-09 11:16:51.541

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VALDENICE FERREIRA DOS SANTOS
DATA: 11/02/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Defesa On-line
TÍTULO: Estudo da Interação e Efeito Modulador da Lectina das sementes de Dioclea violacea e o antibiótico Gentamicina em bactérias multirresistentes.
PALAVRAS-CHAVES: Antimicrobiano; Proteína; Interação.
PÁGINAS: 66
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Bioquímica
RESUMO: A Organização Mundial da Saúde classificou a resistência bacteriana aos antibióticos como um importante problema de saúde pública no século XXI, em virtude dos danos causados tanto a saúde humana e animal quanto no âmbito econômico, fazendo-se necessário o desenvolvimento de novas estratégias, a fim de solucionar esta problemática. Visando isso, estudos in vitro revelam que uma classe de proteínas com habilidade de reconhecerem e interagirem com carboidratos específicos, chamadas lectinas, quando associadas à antibióticos têm se mostrado uma alternativa eficaz para o tratamento de infecções causadas por patógenos multirresistentes, visto que essa combinação é capaz de aumentar o efeito antibacteriano de aminoglicosídeos. Nesse contexto, esse trabalho teve como objetivo avaliar a interação e o efeito modulador da lectina de Dioclea violacea (DVL) e o antibiótico gentamicina contra linhagens bacterianas multirresistentes. Inicialmente foi realizada a coleta das sementes, preparação da farinha e extração da lectina utilizando solução salina de NaCl 0,15 M, seguida da purificação da lectina por meio de cromatografia de afinidade em gel sephadex G-75. A lectina pura foi utilizada nos ensaios de interação, os quais foram: inibição da atividade hemaglutinante e espectroscopia de fluorescência, a fim de medir a constante de interação entre lectina e antibiótico. Nos ensaios biológicos foram utilizadas cepas multirresistentes de Staphylococcus aureus 10, Escherichia coli 06 e Pseudomonas aeruginosa 15, onde foi observada a concentração inibitória mínima (CIM) da lectina, além disso, foi utilizada uma concentração sub-inibitória da lectina no ensaio de modulação da atividade antibiótica, buscando observar a capacidade da lectina de potencializar o efeito da gentamicina contra as cepas bacterianas e, realizou-se ainda o ensaio de influência da DVL no desenvolvimento do fenótipo adaptativo para a gentamicina. O perfil do cromatograma mostrou dois picos, o primeiro (PI) correspondendo à fração de proteína não retida e o segundo (PII) correspondendo à fração de proteína retida. Na eletroforese, PII mostrou três bandas correspondendo à cadeia (25,5 kDa ), cadeia (14 kDa ) e cadeia (12 kDa ) de DVL. A inibição da atividade hemaglutinante mostrou que DVL tem afinidade à gentamicina, glicose e manose com concentrações inibitórias mínimas de 12,5, 25 e 12,5 mM, respectivamente. Os resultados revelaram uma diminuição gradual na intensidade de fluorescência de DVL levando à extinção na presença de concentrações crescentes de gentamicina. A CIM obtida para DVL contra todas as cepas estudadas não foi clinicamente relevante (CIM 1024 ug/mL). No entanto, quando a DVL foi combinada com gentamicina, foi observado um aumento significativo da atividade antibiótica, representando uma redução de 80,1% e 60,3% na quantidade de gentamicina necessária para ter o mesmo efeito em S. aureus e E. coli respectivamente, constatou-se após 10 dias de tratamento contínuo que a DVL reduziu a tolerância de S. aureus à gentamicina. Desta forma observou-se que a gentamicina pode interagir com DVL através do domínio de reconhecimento à carboidratos (DRC), sugerindo que os resultados obtidos neste estudo podem estar diretamente relacionados à interação DVL-gentamicina.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1555662 - ALEXANDRA MARTINS DOS SANTOS SOARES
Presidente - 2250782 - CLAUDENER SOUZA TEIXEIRA
Externo ao Programa - 1113689 - JEFFERSON ALMEIDA ROCHA
Externo à Instituição - RÔMULO FARIAS CARNEIRO - UFC

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