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Banca de DEFESA: VANESSA ROMANO UCHOA

2021-06-17 12:55:15.493

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VANESSA ROMANO UCHOA
DATA: 22/06/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Defesa on-line
TÍTULO: Schinus terebinthifolius Raddi: estudo de revisão e análise do potencial cicatrizante do extrato hidroalcoólico em lesão na mucosa oral de ratos
PALAVRAS-CHAVES: Aroeira; cicatrização; lesão; ratos; simulação por computador.
PÁGINAS: 152
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO: A espécie vegetal Schinus terebinthifolius Raddi conhecida, no Brasil, como aroeira possui amplo espectro de atividades biológicas, destacando-se entre essas, atividades cicatrizante e anti-inflamatória. Dentre diversas doenças inflamatórias, ressalta-se a ulceração aftosa recorrente, que consiste em lesões na cavidade oral, comumente observada na população, cuja terapêutica é baseada principalmente em medicamentos alopáticos tópicos das classes dos corticosteroides, antissépticos, analgésicos e antibióticos. Se faz importante investir em pesquisas, que visem à descoberta de medicamentos para o tratamento de úlceras orais, com menos efeitos colaterais e custos-benefícios mais vantajosos do que as terapêuticas vigentes. Este trabalho teve como objetivos realizar um estudo de revisão de literatura sobre S. terebinthifolius, caracterizar os constituintes químicos do extrato hidroalcoólico da casca do caule da aroeira e, por fim, avaliar sua atividade cicatrizante em lesões da mucosa oral de ratos. Na revisão de literatura sobre S. terebinthifolius foram reportados dados sobre aspectos etnomedicinais, perfil fitoquímico e farmacológico deste vegetal. Essa espécie é empregada na medicina tradicional como anti-inflamatória, cicatrizante e no tratamento de úlceras e infecções. Foi demonstrado que seu perfil fitoquímico é constituído, em especial, por flavonoides e óleos essenciais. Vários ensaios in vivo confirmaram propriedades farmacológicas promissoras, tais como efeitos anti-inflamatórios, antimicrobianos e antioxidantes. Enfatiza-se a necessidade de estudos que tenham como objetivo principal duas vertentes, a descrição etnomedicinal e a bioprospecção de S. terebinthifolius. Para o estudo de avaliação do efeito cicatrizante do extrato hidroalcoólico da casca do caule da aroeira, o material vegetal foi coletado no Município de Chapadinha, Estado do Maranhão, Brasil (3°42'44"S; 43°30'40"W), realizou-se classificação taxonômica, identificação dos compostos químicos por HPLC-MS e análise in silico. Logo após, seguiu-se com a etapa in vivo, onde foram utilizados 41 ratos Wistar (Rattus norvegicus), distribuídos em três grupos aleatoriamente: G1 (solução salina 0,9%), G2 (gluconato de clorhexidina 0,12%) e G3 (extrato hidroalcoólico de aroeira 2%), os quais foram divididos em três subgrupos de acordo com o tempo de tratamento (3, 7 e 14 dias). Todos foram submetidos ao mesmo procedimento cirúrgico de acordo com técnica padronizada para indução da lesão na mucosa oral de ratos. Os parâmetros avaliados foram: área da lesão, alterações macroscópicas e análise histopatológica. Foram identificados 14 compostos químicos, destes, vicenin 1 e astaxanthin foram avaliados por ensaios in silico. A análise das prováveis atividades biológicas de vicenin 1 revelou probabilidade > 30% (Pa > 0,3) de apresentar 224 atividades, destas 15 eram cicatrizante e/ou anti-inflamatória e, astaxanthin, apresentou 259 atividades, das quais 20 eram cicatrizante e/ou anti-inflamatória. A etapa in vivo mostrou que aos 14 dias, a média da área da lesão (mm2) foi de 1,5 ± 1,4 para G1, 1,3 ± 1,02 para G2 e 0,9 ± 0,85 para G3, bem como a média do grau de contração apresentou valores de 98,6% para G1, 98,4 para G2 e 98,9 para G3, sugerindo que nesse período o reparo da lesão já estava reestabelecido. Quanto a análise histológica, constatou-se discreta manifestação de células polimorfonucleares em G1 e ausência em G2 e G3. Edema discreto em G1 e G2 e ausente em G3. Congestão vascular moderada em G1 e discreta em G2 e G3. Células mononucleares moderada em G1 e discreta em G2 e G3. Tecido de granulação discreto em G1 e G2 e ausente em G3. Fibrose acentuada em G3, moderada em G2 e discreta em G1. Embora não tenha sido verificada diferenças estatísticas entre os grupos experimentais, os resultados evidenciaram, que aroeira é uma espécie vegetal promissora para o tratamento de lesões orais, favorecendo o processo de cicatrização de feridas da mucosa oral de ratos.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 407294 - ANTONIO CARLOS ROMAO BORGES
Presidente - 407659 - ANTONIO LUIZ AMARAL PEREIRA
Interno - 1149808 - DENISE FERNANDES COUTINHO
Interno - 407246 - FLAVIA MARIA MENDONCA DO AMARAL
Externo à Instituição - JOICY CORTEZ DE SÁ SOUSA - UNICEUMA

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