PPGCS/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GABRIELLE GUEDES COUTINHO
DATA: 29/06/2021
HORA: 10:00
LOCAL: On-line
TÍTULO: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DOS COMPOSTOS FITOQUÍMICOS DA FRAÇÃO ACETATO DE ETILA DO EXTRATO DE FOLHAS DE URUCUM (Bixa orellana) EM MODELO EXPERIMENTAL DE BEXIGA NEUROGÊNICA.
PALAVRAS-CHAVES: Bixa orellana; Bexiga Neuregênica; Bioprospecção.
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Farmacologia
RESUMO: A Bexiga Neurogênica (BN) ou disfunção neurogênica do trato urinário inferior é um grande problema médico e social decorrente da comunicação neural anormal entre a bexiga e o sistema nervoso. Independentemente da etiologia, é comum que os pacientes com BN apresentem infecções recorrentes do trato urinário. Esta disfunção têm uma relevância clínica e física na qualidade de vida em pacientes acometidos por ela. Desta forma, baseado na importância do tratamento das infecções bacterianas que acometem BN torna-se necessária a busca por novas alternativas terapêuticas, e os antimicrobianos originados de plantas apresentam-se como prática terapêutica vantajosa. Isto posto, propomos analisar nesta pesquisa, em caráter inédito, a atividade antimicrobiana dos compostos fitoquímicos da fração acetato de etila (BoEA) do extrato de urucum (Bixa orellana), em modelo experimental de BN em ratos. O protocolo experimental desta pesquisa foi dividido em três etapas: obtenção da fração acetato de etila - as folhas do urucum foram coletadas e o extrato bruto hidroalcoólico foi preparado, seguido da rotoevaporação, liofilização para a obtenção da fração acetato de etila, com posterior purificação e caracterização por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência Acoplada ao Detector de Arranjo de Diodos (CLAE- DAD). Em segundo, a indução da BN por meio da técnica cirúrgica de transecção medular completa, e após o estabelecimento do quadro clínico da BN, a urina foi coletada com posterior realização de urocultura para isolamento e identificação dos microrganismos causadores da cistite. Em seguida, realizou-se a avaliação in vitro das atividades antimicrobianas da BoEA e seus compostos isolados contra estes microrganismos. Por fim, foram realizados os testes in vivo para o tratamento da cistite com a utilização de 15 ratos da espécie Rattus norvegicus da linhagem WISTAR, machos, os quais foram divididos em 5 grupos experimentais: grupo controle negativo, sham, salina, tratados com a BoEA (50mg/kg) e tratados com amoxicilina com clavulanato (50mg/kg). Os resultados demonstraram que foi possível determinar a CIM e CBM de subfrações presentes na BoEA. O grupo de fração caracterizado quimicamente e identificado como ácido elágico (elagitanino) apresentou CIM e CBM de 25mg/ml. Entretanto, o extrato da BoEA apresentou um melhor resultado (CIM - 6,25 mg/ml e CBM - 6,25mg/ml) provando uma ação sinérgica muito mais eficiente. Quanto as análises laboratoriais pode-se observar que houve diferença estatística na contagem diferencial de leucócitos em neutrófilos segmentados e linfócitos, onde a BoEA constatou um parâmetro melhor quando comparado ao grupo operado e mantido só com salina, mas não se mostrou melhor que o grupo que recebeu antibioticoterapia. O grupo salina apresentou um aumento do pH urinário em relação ao grupo controle negativo, e o grupo tratado com antibiótico demonstrou uma diminuição comparado ao grupo salina. Apenas o grupo tratado com a BoEA indicou diferença estatística nos valores de hematúria com relação ao grupo salina. O grupo tratado com antibiótico expressou um número inferior de CFU em comparação ao grupo de animais tratados com a BoEA, que ainda assim apresenta uma atividade antimicrobiana. Desta forma, entendemos que um único constituinte ativo incertamente pode reproduzir a eficácia de todo o extrato, e neste caso a BoEA revelou um desempenho sinérgico vantajoso.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2250598 - MARIA DO SOCORRO DE SOUSA CARTAGENES
Interno - 407637 - VALERIO MONTEIRO NETO