PPGCS/CCBS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROSSY-ERIC PEREIRA SOARES
DATA: 01/07/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Defesa on-line
TÍTULO: EXPRESSÃO DA TETRASPANINA (CD81) EM MIELOBLASTOS E SUA ASSOCIAÇÃO COM O PERFIL DE CITOCINAS TH2 E PROGNÓSTICO ADVERSO EM LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA.
PALAVRAS-CHAVES: CD81, LMA, citocinas, prognóstico.
PÁGINAS: 129
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Genética
RESUMO: CD81, membro da família das testraspaninas, é uma proteína de membrana relacionada à respostas imunossupressoras e está associada a prognósticos adversos em mieloma múltiplo e leucemia mieóide aguda (LMA). Embora estudos apoiem a ocorrência de desregulação na produção de citocinas nas neoplasias hematológicas, não é conhecida a relação entre a expressão de CD81 em mieloblastos e o perfil de citocinas em pacientes com LMA. Assim, avaliamos a associação entre a expressão de CD81 e os níveis de citocinas Th1, Th2 e Th17, e seu valor prognóstico em LMA. Para isso, foram estudados 121 pacientes diagnosticados com LMA e 40 indivíduos controle. Observamos a expressão de CD81 em 100/121 (82,6%) pacientes (P<0,05). Os níveis séricos de IL-2, IL-4, IL-10, TNFα e IFNγ foram significativamente mais elevados nos pacientes com LMA em relação ao grupo controle (P<0,05). Observamos também que os níveis de IL-2 e IFNγ foram menores nos pacientes com maior percentual de blastos positivos para CD81, enquanto os níveis séricos de IL-4 e IL-10 foram superiores (P<0,05). A expressão de CD81, associada aos baixos níveis de IL-2 e IFNγ e altos níveis de IL-4 e IL-10, afetou negativamente a sobrevida global, sobrevida livre de eventos e contribuiu para recidiva precoce. Além disso, demonstramos, através da análise do componente principal, que há segregação entre os grupos com menor e maior percentual de blastos que expressavam CD81 (P<0,05) para IL-2, IL-10, IFNγ e sobrevida global. Em suma, ratificamos que CD81 é um marcador de mau prognóstico para LMA, e sugerimos que esse prognóstico adverso está associado a um perfil de resposta imunossupressora. Além disso, demonstramos que esta tetraspanina é capaz de separar grupos de risco não somente pela presença ou ausência de expressão, mas, principalmente, pela frequência com que os blastos apresentam expressão deste antígeno. Por fim, nossos achados contribuem para compreensão da relação da expressão de CD81 com a resposta imune nos pacientes com LMA e amplia o conhecimento sobre o papel desta tetraspania na LMA, além, claro, de evidenciá-la como marcador útil para prever prognóstico e, possivelmente, candidato à terapia alvo.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALEXANDER BIRBRAIR - UFMG
Externo à Instituição - LÍDIO GONCALVES LIMA NETO - UNICEUMA
Externo à Instituição - ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO - UFPA
Interno - 306484 - ROSANE NASSAR MEIRELES GUERRA LIBERIO
Presidente - 407298 - SILMA REGINA FERREIRA PEREIRA