PPGCS/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VITOR AUGUSTO FERREIRA DOS SANTOS
DATA: 27/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: On-line
TÍTULO: EFICÁCIA DO TRATAMENTO DO EXTRATO DE Dysphania ambrosioides OU EM ASSOCIAÇÃO COM PRAZIQUANTEL NA ESQUISTOSSOMOSE EXPERIMENTAL
PALAVRAS-CHAVES: Esquistossomose; Dysphania ambrosioides; Associação praziquantel
PÁGINAS: 87
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Imunologia
RESUMO: A esquistossomose mansoni é uma doença infecto-parasitária de grande relevância no mundo. O controle dessa parasitose depende de um único fármaco, o Praziquantel. Entretanto, estudos têm relatado efeitos colaterais, baixa eficiência em vermes jovens e a não prevenção de reinfecções. Assim, a busca por tratamentos alternativos torna-se necessária e a utilização de extratos vegetais associados ao fármaco Praziquantel pode ser uma alternativa promissora. Dessa forma, o objetivo do estudo foi avaliar o efeito terapêutico in vivo do extrato hidroalcoólico das folhas de Dysphania ambrosioides e a combinação desse extrato com o Praziquantel sobre o desenvolvimento da infecção por Schistosoma mansoni em camundongos. Inicialmente, realizou-se um ensaio in vitro para avaliar a citotoxicidade do EHDA e do Praziquantel sobre hemácias de carneiro. Para avaliação do efeito anti-esquistossomose in vivo os camundongos Swiss foram infectados pela via subcutânea, com 70 cercárias. Os animais foram distribuídos nos seguintes grupos: Controle limpo (CL): animais não tratados e não infectados; controle negativo (CN), animais infectados e sem tratamento; controle positivo (CP) animais tratados com Praziquantel (50mg/kg), via oral, entre os dias 45 e 51 dia. O grupo EHDA foi tratado com o extrato (5mg/kg) e o grupo EHDA+PZQ recebeu tratamento com associação (EHDA 2,5mg/Kg + Praziquantel 2,5mg/Kg). Nesses dois grupos o tratamento ocorreu por via oral, diariamente, nos dias 1 ao 30, após a infecção. Os resultados mostraram que o EHDA não apresentou citotoxicidade, em todas as concentrações avaliadas, enquanto que o Praziquantel apresentou citotoxicidade na maior concentração, inferior a 20%. O tratamento com EHDA ou com EHDA+PZQ reduziu o número de ovos de S. mansoni nas fezes, fígado e intestino. Na fase aguda da infecção o tratamento com EHDA, reduziu linfócitos e eosinófilos enquanto o tratamento com EHDA+PZQ, reduziu eosinófilos. Na fase crônica da infecção (dia 90), o tratamento com EHDA, reduziu todas as populações leucocitárias, enquanto o tratamento com EHDA+PZQ reduziu monócitos e eosinófilos, mas aumentou linfócitos. Tanto o tratamento com extrato isolado ou associado ao Praziquantel reduziram a celularidade da medula óssea, baço e lavado peritoneal, em comparação ao controle negativo. Observou-se uma imunomodulação na população de eosinófilos nos dois intervalos avaliados. Aos 90 dias, foi possível observar no controle negativo uma correlação do maior número de eosinófilos com menor número de ovos, enquanto os grupos tratados apresentaram uma redução do número de ovos quando associado ao número de eosinófilos. Os resultados mostraram que o tratamento com EHDA isolademente, ou em associação com Praziquentel, por 30 dias, logo após o início da infecção por S. mansoni, teve efeito antiparasitário e imunomodulador melhorando o curso da infecção.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1556449 - LIVIO MARTINS COSTA JUNIOR
Interno - 1555889 - RAFAEL CARDOSO CARVALHO