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Banca de DEFESA: CLARISSE NERES FERREIRA BARBOSA

2024-12-16 18:48:46.312

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CLARISSE NERES FERREIRA BARBOSA
DATA: 20/12/2024
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/uvv-wvuh-iak
TÍTULO: Histologia e Composição química da cutícula de diferentes populações do carrapato Rhipicephalus microplus submetidas ou não ao tratamento com fluazuron
PALAVRAS-CHAVES: Benzoilfenilureias; integumento; ectoparasitos; controle; composição.
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: Os carrapatos estão associados a inúmeros efeitos econômicos e para a saúde. O carrapato bovino, Rhipicephalus microplus com seu hábito hematófago os carrapatos transmitem patógenos causando diversas doenças, reduzindo a produção de leite e carne e afetando a saúde e bem-estar dos animais. O uso indiscriminado e repetido dos produtos carrapaticidas, levou ao surgimento de populações resistentes, fenômeno que tem aumentado nos últimos dez anos. A resistência pode ser atribuída a fatores como penetração reduzida do produto na cutícula, que pode modificar a composição química cuticular. Portanto, o estudo objetivou caracterizar a composição química cuticular de treze populações dos estados do Maranhão - MA (n=1), Minas Gerais - MG (n=6), Bahia - BA (n=3), Espírito Santo - ES (n=2) e uma população de referência susceptível aos acaricidas sintéticos disponíveis (POA) e avaliar alterações morfológicas do grupo tratado, utilizando nova técnica histológica. O estudo foi dividido em dois capítulos, no capítulo I avaliamos a composição química cuticular de larvas com 14 dias de idade de treze populações (MG, BA, ES, MA e POA), cada grupo com 10 larvas, totalizando 110. No capítulo II, larvas da população MGI, em diferentes idades (D7, D14 e D21) foram avaliadas para composição elementar cuticular e alterações morfológicas através de alimentação artificial de fêmeas tratadas com o inibidor de crescimento – Fluazuron. Para o teste, separou-se 2 grupos, cada um com 10 fêmeas semi alimentadas, o grupo controle foi alimentado com sangue total citratado sem o carrapaticida, outro grupo, com sangue adicionado 0,01 mg/ml de Fluazuron. Foram alimentados por 24h, onde os capilares foram trocados a cada 2 horas. Ao fim da alimentação, as fêmeas foram acondicionadas individualmente em tubos falcon de 15ml a 27 ± 1 °C e 80% de umidade relativa por seis semanas para avaliação dos parâmetros biológicos. Para os dois experimentos utilizamos o formaldeído 10% para preservar as estruturas das larvas. Posteriormente, através do MEV/EDS foi possível caracterizar a composição química da cutícula de 140 larvas avaliadas em um ponto central da região dorsal e ventral utilizando o Microscópio Eletrônico de Varredura, acoplado com o Espectroscópio de dispersão de raio x (MEV/EDS) e para a preparação das larvas, elas foram passadas para álcool PA no dia da análise. Os resultados mostraram quantidades significativas de carbono, oxigênio e cloro, em todas as idades nas populações POA e MA, houve aumento de carbono de D7 para D21, no grupo controle. Já na população MGI, os elementos encontrados foram carbono e oxigênio e ausência do elemento cloro. Além disso, houve diferenças também na quantidade desses compostos nas regiões dorsal e ventral, que mostrou uma quantidade maior de cloro na região ventral em comparação à dorsal, observamos ainda diminuição de oxigênio e aumento de carbono, no decorrer dos dias, nas 10 populações. Não foi encontrado cloro na população MGI, o que nos leva a pensar que a composição é variável para cada população. O aumento de carbono está ligado diretamente com o endurecimento da cutícula com o passar do tempo, pois a quitina é formada basicamente por uma cadeia de carbonos. Os resultados relacionados aos parâmetros biológicos de MGI, revelaram que o grupo tratado iniciou a oviposição com 3 dias de diferença do grupo controle, houve redução de ovos com 1,59%, sendo o grupo controle com 19,77% e a redução da oviposição foi de 91,96%, demonstrando que o Fluazuron impediu o desenvolvimento e a eclosão das larvas, e consequentemente inibindo a ação de sobreposição das camadas de quitina, logo, no crescimento da cutícula. No grupo controle, o carbono na região dorsal quantificou 64,8% e 74,6% para D7 e D21 respectivamente, já o carbono ventral quantificou 59,7% e 70% para D7 e D21. O grupo tratado demonstrou uma diferença tanto para dorsal, quanto ventral, com 1,3% de D7 para D21 dorsal e 8% de D7 para D21 ventral. Na histologia, foi possível observar o afinamento da procutícula, além disso, muitas larvas não aguentaram o processo de desidratação e diafanização, obtivemos larvas despedaçadas e divididas. Portanto, estudar as modificações na composição cuticular e mudanças morfológicas, como o espessamento da cutícula, é crucial para o aperfeiçoamento de estratégias de controle de ectoparasitos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1556449 - LIVIO MARTINS COSTA JUNIOR
Interno - 221.758.778-17 - LUCAS MARTINS FRANCA
Externo à Instituição - DAUANA MESQUITA SOUSA - UFMA
Externo à Instituição - ISABELLA CHAVES SOUSA - UEMA
Co-orientador - 1309367 - CAIO PAVAO TAVARES

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