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Banca de QUALIFICAÇÃO: REBECA COSTA CASTELO BRANCO

2019-02-11 09:59:51.783

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: REBECA COSTA CASTELO BRANCO
DATA: 14/02/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Prédio da Pós-Graduação do CCBS / UFMA
TÍTULO: CUIDADO COM A GESTANTE EXPOSTA AO ZIKA VÍRUS NO MARANHÃO, BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Infecção pelo Zika vírus. Cuidado pré-natal. Sistema Único de Saúde.
PÁGINAS: 113
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: Introdução: O vírus Zika (ZIKV) é um flavivírus transmitido pelo mosquito Aedes, sendo identificado pela primeira vez em 1947 em macacos em Uganda e, posteriormente em humanos Nigéria. Durante a gravidez de mamíferos, a placenta atua como uma barreira entre o compartimento materno e fetal. A associação observada recentemente entre infecção pelo vírus Zika (ZIKV) durante a gravidez humana com microcefalia e outras anomalias fetais sugere que ZIKV pode causar danos à placenta e atingir o feto. Objetivo: Analisar os cuidados para gestantes expostas ao Zika vírus na rede de atenção ao Sistema Único de Saúde, com foco em diagnóstico clínico e molecular da infecção pelo ZIKV e atenção ao pré-natal. Material e métodos: Foram incluídas 197 mulheres, a partir de uma amostra de conveniência, assistidas nas Maternidades Benedito Leite da Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão e da Unidade Materno Infantil do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, entre abril de 2017 e junho de 2018. As pacientes foram submetidas a coleta de sangue venoso, sangue de cordão umbilical (2 a 5 ml de sangue, sem anticoagulante) no período de dequitação placentária, além de coleta de fragmentos de tecido placentário (face materna e fetal) próximos à inserção do cordão umbilical e nos ápices. O perfil laboratorial específico (RTPCR e sorologia IgG e IgM) foi realizado a partir das amostras de sangue e placenta e o perfil laboratorial inespecífico (TORCHs) foi obtido do prontuário. Resultados: A maioria das gestantes estava na faixa etária entre 20-24 anos. Em relação ao teste rápido, 6 gestantes apresentaram IgM positivo para o Zika vírus. Das 197 amostras de placenta, 9 foram positivas pela RTPCR, e das 197 amostras de sangue do cordão umbilical, 3 foram positivas pela RTPCR. Em relação ao pré-natal, observou-se que o pré-natal realizado pelas gestantes não preencheu os critérios de qualidade preconizados pelo Ministério da Saúde. Os cuidados foram oferecidos as gestantes desde as consultas de pré-natal, através de palestras, distribuição de folders e capacitação dos profissionais de saúde quanto ao tema, além de se estender para o momento do parto com as devidas orientações e respotas aos questionamentos das mães. Conclusões: Os resultados do estudo apontam para detecção do zika vírus em gestantes, placenta e cordão umbilical, em mulheres sem evidência de manifestações clínicas, quando as mesmas pelo protocolo do Ministério da Saúde não serão submetidas a rastreio laboratorial. Embora os dados demonstraram presença do vírus em sangue de cordão, não foi evidenciado alterações morfologicas e/ou psicomotoras no recem nascido, o que pode sugerir que o protocoloo de investigação do Ministério da Saúde não está inadequado para o rastreio. A maior detecção do vírus na placenta sugere que mais pesquisas devem ser desenvolvidas para avaliação da placenta para melhor compreensão do papel desse órgão na infecção pelo ZIKV e potencial dano fetal. Em relação ao pré-natal, faz-se necessário garantir a qualidade da assistência, com vistas a garantir a segurança do binômio materno-fetal.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 407201 - MARIA DO DESTERRO SOARES BRANDAO NASCIMENTO
Interno - 2065143 - FLAVIA CASTELLO BRANCO VIDAL CABRAL
Interno - 6549743 - GEUSA FELIPA DE BARROS BEZERRA
Externo ao Programa - 3089365 - ANA HELIA DE LIMA SARDINHA
Externo ao Programa - 407402 - RAIMUNDA RIBEIRO DA SILVA
Co-orientador externo à instituição - ZULMIRA DA SILVA BATISTA - UFMA

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