Ir para acessibilidade
inicio do conteúdo

Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA PAULA ALMEIDA CUNHA

2019-08-05 14:10:55.74

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA PAULA ALMEIDA CUNHA
DATA: 09/08/2019
HORA: 08:30
LOCAL: Prédio da Pós-Graduação do CCBS / UFMA
TÍTULO: Presença do Papilomavírus Humano e outros agentes sexualmente transmissíveis em mulheres no Estado do Maranhão
PALAVRAS-CHAVES: Infecções por Papilomavírus Humano. Infecção sexualmente transmissíveis (ISTs). Rastreamento do câncer de colo do útero.
PÁGINAS: 92
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: Introdução: O Papilomavírus Humano (HPV) é considerado o agente etiológico do câncer cervical, presente em mais de 70% dos casos de câncer de colo do útero. O câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer que mais afeta mulheres mundialmente. No Brasil, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina. Estudos indicam que a infecção persistente pelo HPV é facilitada pela presença de outras infecções sexualmente transmissíveis, como Chlamydia trachomatis, Trichomonas vaginalis e Neisseria gonorrhoeae. Essa associação pode favorecer inflamação crônica local e contribuir para a progressão de lesões precursoras do câncer. Material e métodos: Trata-se de um estudo descritivo, prospectivo e transversal, com 353 mulheres atendidas no serviço de ginecologia de Unidades Básicas de Saúde. Todas aceitaram participar do estudo mediante assinatura do TCLE e responderam questionário sociodemográfico. As participantes realizaram exame de citologia oncótica para detecção de alterações celulares no colo do útero e amostras cervical, com swab, para realização de exames de biologia molecular para detecção do HPV, Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae e Trichomonas vaginalis. Para a identificação do DNA do HPV foi utilizada a técnica de PCR Nested, utilizando-se os primers PGMY09/11 e GP5+/GP6+. Para a identificação dos outros agentes sexualmente transmissíveis utilizou-se os primers: KL1/KL2 (Chlamydia trachomatis), TVA5/TVA6 (Trichomonas vaginalis) e HO1/HO3 (Neisseria gonorrhoeae). A detecção de sífilis foi realizada através de teste rápido por imunocromatografia ou fluxo lateral. Amostras positivas para o DNA/HPV foram submetidas a sequenciamento automatizado para identificação do tipo viral. Resultados: O HPV apresentou elevada prevalência (59.4%), seguido por Chlamydia trachomatis (33%), Trichomonas vaginalis (30%) e Neisseria gonorrhoeae (27%). Houve associação estatisticamente significativa entre a presença do HPV e os agentes sexualmente transmissíveis avaliados C. trachomatis e Neisseria gonorrhoeae (p>0.001). Observou-se que em 42,7% das participantes que apresentavam o HPV, esta encontrava-se a uma infecçao secundária, ou duas infecções secundárias (25%). Apesar da elevada presença de HPV/ISTs, apenas 7% das participantes apresentaram atipias celulares no exame citologico. Dentre as mulheres HPV positivo, foi realizada a genotipagem viral de 131 mulheres, sendo o HPV 16 (10,6%) o mais prevalente, seguido pelo HPV 66 (7,6%) e HPV 18 (4,5%). Conclusão: Houve elevada prevalência das infecções sexualmente transmissíveis HPV, Trichomonas vaginalis, Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis entre as mulheres participantes deste estudo. Tambem identificou-se associação estatisticamente significativa entre a infecção por HPV e a presença de coinfecção por Neisseria gonorrhoeae e Trichomonas vaginalis. A elevada prevalência de HPV/ISTs em mulheres assintomáticas, torna importante o rastreamento destas ISTs no intuito de reduzir a transmissão e os efeitos destas na progressão do câncer.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 4111411 - FERNANDA FERREIRA LOPES
Presidente - 2065143 - FLAVIA CASTELLO BRANCO VIDAL CABRAL
Externo à Instituição - JOSELIA ALENCAR LIMA - UFMA
Interno - 825.683.165-00 - MARCELO MAGALHÃES SILVA - UFMA
Co-orientador - 1780352 - SALLY CRISTINA MOUTINHO MONTEIRO
Externo à Instituição - ZULMIRA DA SILVA BATISTA - UFMA

fim do conteúdo