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Banca de DEFESA: TALITA UCHOA LIMA

2019-08-08 16:20:11.58

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TALITA UCHOA LIMA
DATA: 14/08/2019
HORA: 16:00
LOCAL: Prédio da Pós-Graduação do CCBS / UFMA
TÍTULO: Efeito do estímulo musical na redução de sintomas adversos e melhoria da qualidade de vida em pacientes com câncer de mama em tratamento quimioterápico
PALAVRAS-CHAVES: Câncer de mama. Musicoterapia. Medicina Integrativa.
PÁGINAS: 59
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO: Introdução: O câncer de mama é o tumor mais frequente entre as mulheres. Seu tratamento pode determinar efeitos adversos, que somado ao processo da doença pode trazer sentimentos de aflição e ansiedade. Dessa forma, vêm-se procurando medidas de qualidade de vida relacionadas à saúde, podendo a implementação de música trazer efeitos fisiológicos e que podem controlar sintomas do tratamento oncológico. Objetivo: verificar os efeitos do estímulo musical na redução de sintomas adversos em pacientes com câncer de mama em tratamento quimioterápico. Métodos: Ensaio clínico, randomizado, não encoberto, realizado nos Hospitais São Domingos e Aldenora Bello (São Luís, Maranhão, Brasil), entre outubro de 2017 e maio de 2019. Foram incluídas mulheres com câncer de mama em quimioterapia, acompanhados nos 3 primeiros ciclos do tratamento. As pacientes foram randomizadas nos grupos: GM (Grupo do Estímulo Musical) ou GC (Grupo Controle). A coleta consistiu em uma entrevista com dados: Sócio demográfico/econômico, Qualidade de Vida (World Health Organization Quality of Life – WHOQOL-bref), Inventário de Depressão de Beck – 2ª Ed (BDI-II), Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e Escala de Toxicidade em Quimioterapia – ETQ. As pacientes foram avaliadas em três fases: Fase Inicial (primeira sessão de quimioterapia), Fase intermediária (segunda sessão de quimioterapia) e Fase final (terceira sessão de quimioterapia). No GM a música foi aplicada com um aparelho MP3, uso de headphones, por um período de 30 minutos, antes da aplicação da quimioterapia; no GC não houve qualquer intervenção além do preenchimento dos questionários. Os dados analisados no SPSS (versão 22), por meio dos testes de: Shapiro Wilk , t de Student e qui quadrado à um nível de significância alfa igual ou inferior a 0,05. Resultados: Foram contatadas 35 pacientes e destas, 23 foram divididas nos dois grupos de avaliação (n=8 no GM e n=15 no GC). Os grupos são homogêneos quantos as características sócio-econômicas, clínicas e hábitos de vida. Foram observados maiores escores de qualidade de vida na escala funcional no GM em relação ao GC tanto na primeira sessão (17,2±1,2 vs 15,3±1.9, respectivamente), quanto na terceira sessão de quimioterapia (16,1±1,9 vs 14,4±1,9, respectivamente), p < 0,05. Os escores de depressão mostraram diferença estatisticamente significante entre os grupos na terceira sessão de quimioterapia (GM, 5,5±3,9 vs 21,1±6,6 pontos no CG). Embora os escores de depressão tenham sido menores no GM em relação ao GC na primeira sessão de quimioterapia, não houve diferença estatística significante. Os escores de ansiedade mostraram diferença estatisticamente significante entre os grupos na terceira sessão de quimioterapia (9,8±6,7 vs 20,3±10,1 nos grupos GM e GC, respectivamente). Não houve diferença estatística significante em relação aos efeitos adversos avaliados pela Escala de Toxicidade em Quimioterapia ao se comparar o GM e GC nas segunda e terceira sessões de quimioterapia. Quanto ao questionário de impressão subjetiva do sujeito, todos os oito pacientes do GM referiram mudanças positivas na vida com o estímulo musical, sendo as mudanças citadas: melhora do humor (2 pacientes), motivação (2 pacientes), auto-confiança (2 pacientes), relacionamento (1 paciente) e auto-estima (1 paciente). Não houve sintomas negativos referidos com o estímulo musical. Todos os pacientes referiram melhora de cansaço ou fadiga (média de 7,12 em uma escala de 0 a 10), além de melhora do estresse (média de 7,87 em uma escala de 0 a 10). Conclusão:houve melhora nos escores de qualidade de vida, ansiedade e depressão, o que nos remete ao efeito positivo da musicoterapia nos efeitos adversos do tratamento oncológico, revelando ser esta uma estratégia barata, simples e acessível no tratamento coadjuvante do paciente oncológico.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FERNANDO CÉSAR VILHENA MOREIRA LIMA - CEST
Interno - 1556448 - MARCELO SOUZA DE ANDRADE
Interno - 407201 - MARIA DO DESTERRO SOARES BRANDAO NASCIMENTO
Interno - 2250598 - MARIA DO SOCORRO DE SOUSA CARTAGENES
Presidente - 2603610 - PLINIO DA CUNHA LEAL

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